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quarta-feira, abril 07, 2010

Gello

É engraçado como a depressão afeta o conteúdo dos meus textos. Espera aí.... isso não é engraçado de forma alguma.

Ainda me lembro de um dia em que eu tava de férias lá em Balneário Camburiú, e os meus pais tinham saído pra olhar as lojas. E eu, rabugento e depressivo, fiquei em casa. Tava passando o jogo do Brasil na TV. Ele tava jogando contra Portugal, e ele perdeu de 2x0 que eu me lembre... Começou a chover bem forte e as plantas do lado de fora da casa começaram a saltar fora. Eu comecei a me assustar, mas mesmo assim eu não ligava muito, porque eu sentia coisas piores dentro de mim mesmo.

Eu me lembro de olhar constantemente pra cozinha e me perguntar o que aconteceria se eu pegasse uma faca e acabasse com tudo ali mesmo. Acho que foi a primeira vez que eu pensei nisso. A resposta veio como um trovão que caía lá fora, eu concluí que provavelmente algumas pessoas ficariam tristes e outras nem ligariam... Sendo assim, eu vi que aquela não era uma forma digna de morrer. Eu atualmente tenho uma noção de que vai chegar uma época em que ninguém mais vai ligar pra como eu estou, ou como eu ficarei, talvez essa época já tenha chegado e eu não notei, o fato é que o único motivo que eu teria pra acabar com a minha vida, seria o de causar comoção no maior número de pessoas, como se eu quisesse que eles se sentissem culpados por ignorar o pobre Vini. Pena? Exato. Desde criança, eu sempre tive um complexo de coitadismo absurdo. É como se eu quisesse desesperadamente que as pessoas tivessem pena de mim, o que eu tento evitar, mas é inútil. Eu sempre acabo falando de como a minha vida é ruim e de como eu sempre me ferro em tudo.

Mas eu não vou me matar. Jamais. Eu sou daquele tipo de pessoa que acredita que se matar é fugir dos próprios problemas. E eu não gosto de fugir.

O fato curioso, é que ao mesmo tempo eu sei que não é nada disso a verdade. Eu tenho uma ótima vida, e podia ser muito pior mesmo. Tem muita gente pior que eu por aí e nem por isso eles estão chorando nos becos da cidade... Bom... Quase nenhum faz isso.

A verdade é, que depois que a depressão passar, eu volto a ser o velho Vini de sempre. Os problemas continuam lá, mas eu passo a encará-los de forma diferente. O que tem me causado preocupação agora, é o que significa esse “velho Vini de sempre”. Talvez o Vini depressivo e ranzinza seja o que eu sou de verdade, mas eu me recuso a acreditar nisso. Segunda eu comecei a conversar na aula de Matemática Aplicada com a Daiane, uma mulher que eu to tentando ajudar a entender a matéria. Ela parece ser legal, e ela tinha bastante remédio antidepressivo na bolsa, talvez essa seja uma boa solução pra mim também. Ontem eu conheci mais duas pessoas que eu não sei o nome, mas que eu fiz um trio com eles em TGA. Talvez as coisas estejam se ajeitando.

Hoje tem Português Aplicado e por enquanto é a melhor aula, com o qual eu não tenho que me esforçar e de quebra, eu posso ficar falando merda pro meu colega Everton e me divertir um pouco. Hoje também, o Sono pediu demissão do trabalho, e um carinha novo entrou. Coisas novas estão acontecendo. Estranhas são, essas coisas do Vini.


Em homenagem ao Sono, um vídeo do Vini no trabalho.


8 comentários:

Guilherme BoaVista disse...

ok. yaaaayyayaa

Vini disse...

Bah, mas que baita comentário esse o seu ein...

Pffrech disse...

Fiquei com pena de ti Vini, sério... Tô de brinks, nem senti nada, só achei gay.

Vini disse...

Hehehe. Ah que bom cara.

Matheus disse...

Passa Gelol que passa.

Vini disse...

Já passei. =)

Pffrech disse...

Porra, só agora eu vi esse vídeo. Sensacional. Até que enfim alguma coisa que prestou nessa merda.

Vini disse...

Depois que eu jurei pra mim mesmo nunca mais fazer um tipo de vídeo assim, porque todo mundo achou uma merda, não adianta vir falar isso meu!!11!!