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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Fases da Vida

É...
Eu não sou uma pessoa que pode dizer que viveu muito.
Até porque eu só tenho 17 anos. Mas é um fato, que eu já fiz muita coisa por aí. E falta fazer muita ainda. Mas mesmo assim.
Eu passei por alguns momentos, na minha curta passagem aí, por esse universo alternativo onde o Super-Man é bonzinho e tal... Doidera.

Esses tais momentos, pra mim, foram classificados.

Tiops, fases da minha vida. Vamos à elas então.
1ª Fase. Foi uma época legal. Início da minha vida.
Não é nenhuma novidade, a que diz que Vini não era um cara esperto. E ainda não é...
Mas essa em especial, é um momento vazio pra mim. Como se nada tivesse acontecido.
O curioso é que muita coisa aconteceu. Muita mesmo. Só que eu vo me esquecendo. Saco. Eram bons tempos, realmente. Não tinha que ir pra aula e tal... Não via tv. Nem sabia que existia. Não conhecia a Internet.
Era o dia inteiro brincando com bonecos, carrinhos, dedos. Enlouquecendo aos poucos.

2ª Fase. Vini começa a raciocinar. Um cérebro se forma na cabeça. Tudo faz sentido. Mas ele não entende a vida. Que angústia. Que frustração.
Descoberta da tv e do Paint. Não tinha que ir pra escola... Nunca fui tão feliz.
Desenho o dia todo! Sorvete quando tava calor! Nossa... Nostalgia total.
Foi uma fase de revelações e descobertas mesmo. Tanto que a maior parte dos assuntos daqui vem dessa época.

3ª Fase. Entramos no colégio. Aos protestos. Insegurança e medo. Dei tchau pra minha mãe e fiquei uma tarde lá. E depois só mais 12 anos. Que passaram rápido... Mas deixaram cicatrizes profundas.
Dificuldade no Pré. Não sabia colar os feijões... e o alfabeto. Que inferno.
Primeira série, até a terceira, era o queridinho da professora. Não falava. Não respirava. Não vivia. Fingia que era esperto. Repetia a resposta do outros. Começou a estudar. Sentiu o peso na 2ª série. Se esforçara demais. Cobrava muito de si mesmo, porque os outros não cobravam. Chorou no quarto de sua mãe. Enquanto ela ria, e dizia não haver motivos para preocupações. Ela não entendia. Nunca entendeu.

4ª Fase. Fúria. Saindo pelos poros do corpo. Vontade de estourar o mundo na porrada. Pobre garoto. Brigas de montão na escola... Apanhava pra caramba e raramente batia em alguém. Mas às vezes sim.

5ª Fase. Tempos melancólicos. Conhecera Ale no colégio, e aprendeu a conviver em grupo. Porém aprendeu a se subjugar aos outros também. Maldição.
Fazia o que ele mandava. Apanhava na aula e não revidava. Fim dessa fase veio quando o Ale me empurrou na frente de uma fêmea mais velha. Eu me senti um lixo. Daí, tudo o que eu pude fazer na hora, era empurrar o mesmo numa placa de alumínio com toda força. Senti o medo nos olhos dele àquela hora. Saí emputecido. Nada demais.

6ª Fase. Tristeza. Pura solidão. 2ª Fase do Romantismo no Brasil. Literatura é uma droga. Tive outras grandes crises de sofrimento da alma que nem da 2ª série. Ninguém mais cobrava. Nem se importava com o que eu fazia. Me decepcionei comigo mesmo, diversas vezes. Eu era o meu pai. E a minha mãe. E todo o resto. Esses dias eu tive uma conversa com o pessoal (que engloba família e 'amigos'). O que leva à 7ª fase.

7ª Fase. Tempos atuais. Renascimento. Fim da Idade das Trevas. Estamos nos recompondo aos poucos. Coisas têm acontecido. Coisas importantes, como amizades novas, contatos por aí. Novas atitudes. Enfim... Tempos de mudança. Ao contrário do que o 'Vida e Morte de Vini' fala, eu considero a minha vida bem divertida e emocionante.

E essas são as fases até agora. Muitas outras virão.

domingo, dezembro 06, 2009

Paredes sujas

Vini continua com seu ofício no trabalho de seu pai. Porém algumas coisas mudaram desde a última descrição detalhada.
Por exemplo... meu Mestre Jedi mudou.
-Agora ele é o cara quieto que não falava com ninguém. Sim! O Ryan do The Office! Na verdade chamam ele de Sono. Ele é um cara legal. Eu converso com ele. E aí são dois caras quietos conversando. Doidera gents.

-O meu Mestre Jedi antigo continua lá. Ele me dá oi todo dia. Quando eu vejo ele e tal... quando ele vem trabalhar. xD
-O cara foda ainda é o Foda-Master do lugar. Ele continua sabendo de tudo, e eu pedi algumas coisas que eu não sabia pra ele. Sabe... coisas da vida. Nem pedi.
-O cara estranho foi embora. Eu acho que eu to no lugar dele, é sim... to. Ele era estranho mesmo.
-O cara beiçudo é muuuuito bom em tudo...
Tiops, ele joga bem, quando a gente vai jogar contra caras maus das outras metalúrgicas. E ele pinta... e desenha, e tal. E ele tem uma namorada. Sim. Eu queria ser ele. Com uma boca enorme e tudo mais.
-O cara gordo continua gordo. E esses dias ele tava fedendo pra caramba. Não sei o que que deu, mas eu acho que tem algo com o fato dele não ter tomado banho. Hum. Ele conversa pra caramba com o Mestre Jedi antigo e com o cara loiro. Fora que esses dias ele desenvolveu uma teoria fantástica de como o ouro conseguiu seu valor. E ele contou tudo pra mim, é claro.
-O cara loiro pega as minas. De vez enquando ele chega pra mim e pede se eu conheço alguma guria do colégio. Mas eu nunca conheço nenhuma. Ah... eu até conheço, mas eu não vou dizer isso pra ele.
-O cara careca parou de me chamar de viado. Acho que eu conquistei o meu espaço por lá. De vez enquando, eu falo com ele. Mas nada de importante. Só entrego uns bagulhos pra ele, ou digo que o cara quieto tá chamando ele.
-Agora tem o cara negro. Que substitui a minha antiga função. Ele é legal. Eu sempre cumprimento o cara. Nas festinhas de aniversário que de vez enquando tem nas sextas-feiras, ele sempre fica bêbado. Com umas duas latinhas de cerveja. Supimpão.

O cantão dos filmes de alien ainda está lá. Recentemente ele foi usado como fundo pro clipe do ilustres Roscas Flamejantes, também postado nesse blog.
A minha função agora, é transformar pedaços cilíndricos de metal em pedaços mais cilíndricos ainda. Sem sabotagem dessa vez.
E esses pedaços ainda são peças de máquinas que fazem peças de máquinas que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas. Que fazem peças. De máquinas.
Ah... cansei. =D

domingo, novembro 29, 2009

Rente ao chão

Peter Pan era o garoto que não queria crescer.
Era um viadinho de roupa verde colada.
Vini é o contrário de Peter Pan. Ele não é viadinho. E não usa roupa colada. Mas principalmente, ele queria crescer... Não pra se tornar um adulto responsável e chato, ele queria não ser um baixinho. Mas nanico foi o que ele se tornou.
Na escola era o primeiro da fila na ordem de altura dos alunos. Foi obrigado a socializar com os outros que se encontravam lá, e que também eram de baixa estatura.
Nanico, baixinho, tampinha, anão... ouvia essas coisas todos os dias. Mas sabia que as pessoas altas não eram felizes. Elas não eram presas à Terra como ele. Viam tudo de cima, e não sabiam o que estava acontecendo ao seu redor.
Talvez elas soubessem, mas eu tenho que dar uma desculpa qualquer.
Ser desprovido de altura não é legal. Você se sente abaixo da outra pessoa. Tipo... inferior. Hohoho. Tu run tch.
Mas a parte boa, é que existem muitos outros como Vini no mundo. E eles socializam bem, por saberem do que ele passou e ainda passa. É tipo uma ordem dos anões. \o/
Eufemismos pra baixa estatura estão acabando nesse texto. Em breve se tornarão repetitivos. É melhor eu terminar tudo aqui, antes que isso aconteça.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Complicações...

Houve então um tempo em que Vini tinha raiva do mundo.

Esse tempo por incrível que pareça, era quando ele era muito jovem... Quando ele não tinha a quem culpar pelo que acontecia.
Existiam dias, em que aprontar pela casa e maltratar sua irmã, era o que lhe restava para conseguir um pouco de atenção. E ele sabia que tudo isso era muito triste. Mas não se continha, como seria o certo.
Em um belo dia de sol, no finzinho da tarde, a minha mãe chegou na minha frente e pediu se eu tinha cortado a mangueira com uma tesoura. Então eu disse que não tinha. Só que ela não acreditou em mim. E depois eu tentei achar um culpado. Porém não tinha sido o meu pai... E logo, eu vi que não tinha sido a minha irmã. Por alguns segundos eu cheguei a acusá-la, mas depois dela me xingar e voltar a me acusar, eu concluí que não tinha sido mesmo.
Restara a minha vó. Que todo mundo sempre botava a culpa por tudo que acontecia. Pobre vó. E não tinha sido ela. Ou tinha, e ela não se lembrava, mas enfim, não havia um culpado. E eu disse que tinha sido eu.
Por quê?
Porque eu achava que tinha sido a minha irmã. E eu queria assumir a culpa, por algum motivo. Acho que eu tinha visto um negócio parecido na tv.
Só que aí ela disse "Ará! Eu sabia que tinha sido tu!", e eu falei que não tinha. E eu nunca vou saber quem cortou aquele lixo.

Outra coisa que aconteceu uma vez, foi quando eu tava brincando na frente de casa, e eu comecei a discutir com a minha irmã... E tudo acabou com um empurrão que eu dei nela. Esse, resultou no desequilíbrio dela, e com um tropeço num pedaço de madeira. Que tinha um metal. E ela se cortou feio, indo pro plantão.
Fez uns pontos no pé e tal... E Vini era o culpado por tudo isso. Maldição.

Acho que eu era uma má criança. Eu não me comportava direito. Isso me lembra o dia em que eu mordi a minha irmã sem motivo. Aquele foi o ápice da violência gratuita. E depois de um tempo, eu nunca mais fiz nada pra ela. Só que as coisas continuam sendo minha culpa. E eu não faço mais nada.
Ah é! Minha culpa, mas principalmente da minha vó. \o/

domingo, novembro 15, 2009

Uma nova era se aproxima.

Bom... meu caros, aqui estou eu, em mais um post.
Venho até vocês informar que a minha vida tem mudado de maneira avassaladora nesse ano de 2009. Se me dissessem no ano passado, que qualquer um desses eventos incríveis iria acontecer, eu sinceramente não acreditaria. Nem são tão incríveis assim.
De qualquer maneira, vamos atualizá-los sobre as "coisas" do Vini.
O primeiro grande evento desse ano, é o total descaso pelo colégio, que eu venho cultivando desde o início dos tempos de ensino. Me enchi o saco dessas coisas, mesmo. São mais de dez anos sendo controlado e monitorado pelos cruéis reitores do La Salle. Finalmente chegou, esse que será o último dos anos. A período anual da minha liberdade. E está acabando. Esse descaso, refere-se ao botão phoda-se, que eu liguei a algum tempo. Eu vou desligá-lo, em breve.
Outro grande evento é, modestamente, a fama que me veio, ao traduzir o jogo do Assassin's Creed... Não foi muita coisa, mas ninguém nunca tinha feito isso, então eu sou um pioneiro! Fora, os elogios, que sempre são muito bem vindos.
Outro evento... vamos ver... As Menininhas! Sinto uma aproximação maior delas esse ano... E tipo, finalmente ein... eu fiquei uns quatro anos esperando por esse momento. Claro, que existem coisas que aconteceram dentro desses assuntos. Mas eu só vou poder redigir isso aqui, quando eu tiver certeza de que nenhuma das pessoas envolvidas vai ler o post. Ou pelo menos quando eu tiver autorização para fazê-lo. xD
The Times, They Are A-Changing, diria o Bob Dylan. Pois é. Ele tinha razão.
Eu não faço idéia de como vai ser a minha vida daqui em diante. Mas eu tenho certeza, de que vai ser muito legal mesmo... Afinal nós não vamos mais para a escola!! \o/
Outro fato: Voltei a desenhar. Como há muito tempo não o fazia... talvez agora pra não parar mais. Tinha me esquecido do quanto eu gostava de fazer isso.
Acho que eu vou pra Administração.
Tenho que tirar o meu Título de Eleitor, pra escolher quem vai me roubar, e aprender a dirigir. Enfim, eu tenho muito trabalho a fazer. O que me lembra que eu vou continuar no trabalho do meu pai. Sempre tentando ser o melhor. Issaê.
Aqui, eu termino esse meu post rápido. Pois o futuro me espera. Mas não pensem que eu vou deixá-los! Eu volto aqui pra contar como é ser o rei do mundo. xD Té mais.

quinta-feira, outubro 01, 2009

1 ano de Trabalho

Era uma vez um garotinho que tinha suas tardes livres e podia viver feliz. Não tinha muito com o que se preocupar, apenas com o colégio.
Passou-se um tempo e ele começou a trabalhar na metalúrgica de seu pai. Estava aprendendo, tudo ia bem. Não conhecia muita gente lá naquele lugar.
O tempo foi passando e ele aprender a se virar sozinho. Tinha virado um bom auxiliar de produção. Cumpria seu papel quando solicitado. E então, ele começou a ficar depois da hora, todos os dias. E cada vez mais tarde. Até que foi comunicado que trabalharia o dia inteiro durante as férias de verão. Fora então, aquele o pior momento na vida do pequeno. Mas todo esse trabalho trouxe experiência. E sofrimento. O problema maior é com o chefe... o meu pai. Que é um monstro. Do mal.
Um dia trabalhava normalmente, quando recebe a notícia de que teria que ensinar um outro funcionário a mexer na sua função. E ele o faz. E perde o espaço ali.
Acabando então, por ir para uma parte nova. Que fez com que ele começasse a conversar com um companheiro de profissão que antes nunca falara. O Sono.
E então começou a trabalhar no terrível Torno. E o futuro nunca pareceu tão incerto. A escola não vai bem, e o trabalho também não. Creio que coisas ruins virão. E não partirão.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Roscas Flamejantes - Peço Socorro

Esse é o primeiro clipe dos Roscas Flamejantes, chamado "Peço Socorro".
Muito bom.

"Peço Socorro", o primeiro grande hit da banda Roscas Flamejantes. Um sucesso absoluto. E, apresentando após os créditos finais, a primeira e inédita logomarca da Cambada Produções.Baixe aqui esse grande sucesso!
http://www.4shared.com/file/130715784/9051021e/Roscas_Flamejantes_-_Peo_Socorro.html

sábado, agosto 29, 2009

Nonsense

"Querido diário, agora é de noite, faz tempo que não escrevo em você. Ontem atravessei a rua sem que meu pai descobrisse, mas hoje ele me pegou com um azulejo e agora tenho nove anos. Foi um alívio ele só falou comigo e me falou coisas que eu não entendi direito. Amanhã escreverei em você se puder. Se não puder não se preocupe. Ah hoje é dia 03/04/01. Terça-feira. Estou na 3ª série."

Tá... esse é o último post sobre as citações do meu diário. Prometo.
De qualquer forma, eu acredito que essa seja a parte mais sem sentido, "on drugs", de todas. Mas justo por causa disso, eu acho ela a mais legal.
Bom... tudo começou há muito tempo atrás, tempos aqueles que eu não podia atravessar a rua sozinho. Que eu tinha que dar a mão para o meu pai e para a minha mãe... e até pra minha vó, raramente.
Era bem chato, porque os outros caras não faziam mais isso. Além do mais, eles iam pra escola sozinhos, e quanto a mim, eu era acompanhado da doce presença do meu pai e da minha irmã.
E era vergonhoso. Bastante.
Só que eu fui crescendo. E esse negócio de "dar a mão", foi evoluindo pra uma coisa patética. Que basicamente se tratava em chegar na rua na frente de casa, e esperar uma autorização do meu pai pra poder atravessar. Patético! Nada mais!
E um dia, eu resolvi dar um basta nisso!! E atravessei aquela merda sem pensar duas vezes!! Yeeeahh!!
Só que o meu pai viu. Na verdade, o plano em si não era muito bom, porque ele ia me ver do outro lado da rua de qualquer jeito. Dããããrr.
Ahaha... e eu achei um azulejo no chão... e botei no bolso. Daí o meu pai veio falar comigo, de que eu podia atravessar, mas eu tinha que ter cuidado... Blá blá blá, nha nha nha.
E caiu o azulejo no chão. E foi bizarro. Porque não tinha motivo pra aquilo estar ali. E ele entrou pra dentro de casa e eu também.

Agora que eu vi que eu falava com o meu diário... Tá loco... Tudo que era lixo tinha vida pra mim... E acredito que a minha mente funcionava desse jeito que eu escrevi mesmo... Sem vírgulas. E tudo embaralhado. De vez em quando esse meu jeito volta. E eu fico bem doidão. Uhul!!

segunda-feira, agosto 24, 2009

Parece uma história triste, mas pelo menos ela não é sua.

"Dia 04 de Dezembro. Segunda-feira.
Querido diário, hoje tive apresentação, fiquei feliz, mas a cerca e calçada caíram e eu fiquei muito triste, estou rezando com Super Cão e Super Raio Mundial que com sua velocidade consegue enganar o bandido e com minha pedra da sorte ficarei com mais sorte.Não estou assistindo disney club nem chiquititas porque estou muito triste."

Não faz sentido nenhum, certo? Sim, de acordo. Mas explicar essa história é o que eu tentarei fazer, agora.
Era Dezembro, quase Natal. Como no Brasil, o fim de ano é marcado pelo verão, estava bem calor nesse dia. Eu tava na segunda série. Garotinho de 8 anos.
A escola, como de costume, preenchia os horários escolares com apresentações toscas e muita coreografia. Era época da apresentação natalina. Na verdade esse era o dia da apresentação... Meus pais tinham sido convidados. E era meio que uma peça, que encenava o nascimento de Jesus, e blá blá blá. Só que era com todos os alunos da segunda série no ginásio, ou seja, a apresentação era gigante.
Eu era encarregado de fazer um pastor. Que só tinha que caminhar por uma trilha e chegar em um local. Eu consegui. Por increça que parível. Minha mãe dias antes, tinha feito a minha fantasia, e a fantasia de um outro cara também, porque a mãe dele "não tinha tempo". De qualquer maneira saiu tudo certo. E eu nem vi a apresentação, só fiquei cantando as musiquinhas de natal e fazendo as coreografias costumeiras. Eu tava bem feliz.
Daí, no final eu descobri que o meu pai não tinha ido me ver... E antes disso, ele nunca tinha assistido uma apresentação também. Mas naquele dia, ele tinha me prometido que ia. E eu contei com ele.
Mas ele não foi.
Naquele dia, quando ele tava quase saindo de casa, a calçada aqui na frente caiu, tinha um barranco embaixo dela. E foi-se a calçada. E foi-se a alegria do pequeno. Naquele dia, eu perdi a fé em tudo, e acredito que parte de mim também foi perdida.
Hehehe. Super cão e Super Raio Mundial eram dois cachorros de pelúcia que eu gostava de fingir que eles conversavam comigo. Era legal. Mas eu sabia o tempo todo que era só eu, fazendo as vozes deles. Só que tinha vezes que era melhor acreditar que naquela hora, eu tinha realmente amigos. : /
E eu tinha uma pedra da sorte. Na verdade eu ainda tenho. Ela nunca fez nada por mim. Pedra idiota.
E sim, eu assistia Disney Crub e Chiquititas. Sei lá... eu não me envergonho disso.
Naquele dia, eu fiquei esperando escurecer sentado na escada na porta de casa. Uma hora ou outra, a gente tem que crescer, e ver o mundo como ele é de verdade. Frio, cruel e ameaçador.

Este foi um post Dark. Se você não gosta de posts Darks, eu não posso fazer nada. Mas se você quiser um post feliz e animado, eu posso te indicar o Blog do Bozo.
Eh... não. Não posso.

domingo, agosto 23, 2009

Mendigos são criaturas estranhas e místicas...

Diferentemente de todas as outras histórias deste Blog que você está acessando, esta é atual. Ela aconteceu esse ano. 2009.
Estava eu na sala assistindo televisão, quando de repente sons misteriosos saíam pelo lado de fora da minha casa, que é a mesma coisa que a rua. Achando tudo aquilo muito suspeito, fui verificar o que estava acontecendo.
Foi aí que eu vi uma das coisas mais incríveis da minha vida!!
Haviam cinco mendigos reunidos, exatamente no outro lado da rua. Eles estavam gritando e discutindo, e eu não tava entendendo nada. Um deles, que segurava uma sacola com latinhas, gritava dizendo:

"-Não, cara! Eu não quero confusão! Eu não sou disso!

E ele repetiu várias vezes essa frase.
Daí, o outro mendigo começou:

"-Porque tu foi lá me acordar!? Eu tava lá dormindo!!"

Daí o segundo mendigo disse que não queria brigar... De novo. E aí aconteceu.
Por algum motivo, o fato do mendigo não querer brigar fez com que outro fosse tomado pela fúria e aplicasse um chute lateral na altura da cabeça do indigente, quase se igualando a Chuck Norris aplicando seus Roundhouse Kicks mortais. Só que ele errou o chute, e acertou no saquinho de latas, fazendo com que elas voassem por todos os lados. E todos os outros ali, permaneciam parados. Daí, eu já tava preparado pra gritar, "Guerra de Mendigo!11!!", já que o ganha-pão daquele ser animalesco, havia sido violado.
Mas não. Tudo o que aconteceu, foi que o mendigo das latinhas aumentou o tom de voz, gritando:
"-Eu não quero brigar, cara!!"

E parece que dessa vez funcionou. O agressor se afastou, indo em direção à sua "casa", que é o mato aqui do lado do meu lar. E ele falou:

"-Ah... eu vou sair daqui! Vo embora! Mas também, ninguém mais vai morar aqui!"

Daí eu voltei pra dentro de casa. E chamaram a polícia, mas não levaram ninguém.
Só que não tinha acabado. Eu tava no computador sem fazer nada, quando eu ouço uma explosão. Fui ver o que era, e o mato aqui do lado tava pegando fogo. Chamei o pessoal que mora comigo, vulga, família. E a minha mãe disse pra ligar pros bombeiros porque ela tava com medo de que alguém tivesse se machucado. E ligaram. Mas os bombeiros só foram aparecer bem mais tarde, quando o fogo já estava quase extinto. Ninguém tinha se machucado. E eu fui dormir.
Daí, só deu pra ouvir algum outro mendigo chegar e gritar:

"Puta que pariu!! Aquele filho da puta!! Queimou toda essa merda!!"

Hehehe. Aí esse cara foi num posto de gasolina. Eu sei disso porque ele gritou pra todo mundo que ia fazê-lo. Quando ele voltou, a polícia esperava. De novo. E aí ele disse:

"Eu comprei isso aqui pra ajudar um amigo que tá com a moto parada, lá na rua..."

E "os tira" foram embora. Daí ele falou com a minha vizinha que ele tinha comprado a gasolina pra botar fogo no cara que queimou a casa dele... Ai, ai... Esses mendigos... Vo te contar.
E hoje eles ainda tão aqui do lado. Vivendo no frio. Pobres mendigos. Pobres criaturas estranhas e místicas...

quinta-feira, agosto 20, 2009

Jéssica

Muita gente já ouviu essa história. Mas como ela ainda não tava aqui, eu preciso colocá-la.
Tudo começou quando resolveram que a minha casa tinha que ser reformada. Ela era uma casa velha de madeira em que eu passei toda a minha infância. Que não existe mais... Bom, com a reforma, a minha mãe, irmã e vó se mudaram comigo pro Residencial Margarida (francamente, que nome mais homossexual, leia-se queima-rosca). O meu pai ficou na casa porque alguém tinha que ficar cuidando dela (E a casa foi roubada, diga-se de passagem).
Pois bem... acho que eu fiquei naquele lugar por um ano e meio. E era incrível. Acontecia de tudo por lá, como acidentes de carro toda semana (era uma rua bem movimentada), assaltos (teve uma vez que o assaltado espancou o assaltante na frente do prédio), e gritos dos vizinhos (que envolvia brigas de namorados e de famílias).
Em meio à toda essa loucura e diversão, eu descobri que a minha colega de aula (terceira série), Jéssica, morava naquele mesmo prédio. E então eu e a minha irmã começamos a visitar ela. E a brincar pelo prédio durante o ano inteiro. Foi até divertido, porque eu não tinha videogame e só restava a TV aberta naquele tempo. Era bom pra passar o tédio.
E um dia ela chegou pra mim, e pediu pra nós irmos para um lugar mais discreto, e ela se trancou no quarto da minha mãe e disse bem assim:
"-Vini eu preciso conversar contigo sobre uma coisa."
"-Então fala aí." - eu disse.
"-Tem uma pessoa que eu gosto."
"-Hehehe!! Ah é? E quem seria??"
"-Vo te dar uma dica. Começa com V."
"-Hã... deixa eu ver... um Vitor?"
"Não."
Digamos que eu fui sugerindo nomes com V. (HAHAHAHA!!) E quando eu percebi que ela tava falando de mim, eu levei um susto. E eu perguntei:
"Seria eu, por um acaso?"
"Sim, Vini. E eu também gosto do Casagrande."
"Hum... certo. Agora vamos sair daqui." (Hehehe!!)
Lembrando que ela era uma gordona miserável. E curiosamente eu encontrei ela no Shopping alguns anos depois e ela tava bem bonita. Mas só de pensar... no passado... Ergh!!
Daí alguns meses depois desse acontecimento ela se mudou e eu fui pra minha casa reformada.
Se você for ver algumas passagens na história do meu diário alguns posts abaixo, você verá parte dessa história lá. Tenham uma boa noite.
Ps: Perdão o excesso de parênteses. Eu não estou no meu estado normal. HAHAHA!!
Viu só?

quarta-feira, julho 22, 2009

Quase morrendo.

Menino de uns 8 anos no máximo. Teve um dia em que eu queria muito ser prestativo pro meu pai e pra minha mãe. E então eu vi que tinha um fio ligado na tomada, e que eu tinha que desesperadamente, tirar aquilo dali.
Daí lá fui eu. Puxei, mas não saía, tava bem difícil. Puxei com mais força, mas aquele fio não queria sair dali.
Pois então eu tive a brilhante idéia de pegar uma faca na cozinha, e usá-la de alavanca pra tirar o fio de lá. Bom... tudo parecia que ia dar certo, então lá fui eu de novo.
Coloquei a faca entre o fio e a tomada. E ouvi um estouro, seguido de um apagão geral na casa, e depois várias faíscas voaram pra cima de mim. Só que a faca tinha um cabo de madeira. Então eu ainda tô aqui, vivinho postando essa coisa bonita.
Só que depois eu fui ver que não foi só a minha casa que apagou... O poste do outro lado da rua também, e alguns outros.
Digamos que a minha mãe ficou assustada pensando no que poderia ter acontecido comigo.
E o meu pai, que quando fica preocupado é a mesma coisa como se ele ficasse furioso, queria simplesmente arrancar a minha cabeça. Tipo... eu nunca vi o meu pai tão brabo na vida.
E essa foi a vez que eu quase morri. Fazendo o que eu gosto. Ou seja, merda.
Isso que dá querer ajudar as pessoas. Aprendam comigo crianças, não ajudem ninguém. Hehehe!!

domingo, julho 12, 2009

Pássaros

Eu tenho... vamos ver, quatro pássaros.
Um deles é meio marrom, o meu favorito que fala comigo. Tipo, ele canta, ou como você quiser chamar. Ele é amigável e meio gordinho. Mesmo assim, o cara é legal. E como ele fala comigo, ele é o meu favorito, até porque não existem muitas almas por aí que têm conversas com a minha pessoa.
Tem outro que é amarelo, que só conversa quando vê que eu vou alimentá-lo, ou seja, ele não gosta de mim de verdade. Mesmo assim, eu simpatizo com ele porque ser anti-social é o que há. Foram dois. Faltam quarenta.
Tem outro que é azul e preto. Bom... o que dizer sobre ele?
Ele convive a força com o outro pássaro, e eles meio que brigam. Então esse, tem o bico todo ferrado, os motivos seriam prováveis dilacerações causadas pelo companheiro de cela. De vez enquando ele canta. Mas a vida se tornou difícil sabendo que cada dia pode ser o último, então a solidão e a tristeza são o que resta para a vida desse miserável.
Por último e sim, muito menos importante, vem esse cara. Ele é amarelo como o outro, mas este é do mal. Tipo, do inferno sombrio e tenebroso.
Ele chegou por último, porque algum outro coitado tinha morrido de frio. E ocupando a mesma prisão que o azul, a sua vida se resume a ferrar com a vida dos outros... Seja comendo a comida toda, ou deixando tudo em uma sujeira gigantesca. Um dia eu vou... MATAR!!
Não. Mentira. Mas eu já pensei em soltá-los e a minha mãe disse que eles não sobreviveriam, porque foram criados desde pequenos a viver em uma gaiola. E isso é triste.
Ainda bem que eu não ganhei um peixe. Aí sim eu iria sentir pena do coitado nadando por aí em círculos sem um sentido pra vida dele.
Ah... o meus pássaros não têm nome. Eles até tinham um tempo atrás. Acho que um se chamava Safira e o outro Paul Mccartney, mas o Paul morreu. E eu nunca fui bom em dar nomes. Por isso os outros dois eu chamo de Pássaro 1 e Pássaro 2. De vez enquando eu esqueço quem é o um e quem é o dois. Mas eles não ligam já que não têm nomes mesmo.
Na verdade eu queria um peixe sim. Droga.

quarta-feira, junho 10, 2009

Teatro

Sim, eu já fiz teatro.
Tempos sombrios em que ir para a aula todos os dias de tarde, não era suficiente.
As aulas eram toda Sexta-feira de manhã. E era legal, eu achava legal. Eu me divertia por lá, acho que porque quase ninguém me conhecia, e eu podia fingir que era diferente. Enfim, era interessante.
Por incrível que pareça, eu peguei o papel principal da peça do final do ano. E era incrível, porque eu era o cara que tinha o maior número de falas. Ah, e eu era o Grão Apaixonado. Por uma estrela. Ehehehe. Certo...
E foi em um ensaio dessa peça que uma coisa incrível aconteceu.
Tipo, em uma parte da peça, havia um plano de algum Grão estúpido, para fazer uma torre gigantesca que alcançasse a tal estrela. E o professor teve a brilhante idéia de chamar a presença feminina mais alta dos alunos, e colocar-me em suas costas. E lá estava eu. Envergonhado, claro. Mas firme e forte.
E foi aí que aconteceu. Um rapazinho veio por trás e abaixou as minhas calças expondo os meus glúteos. E foi uma cena meio bizarra, da menina lá me segurando e eu com a bunda de fora.
E eu fiquei muito nervoso mesmo, porque todo mundo começou a rir. E então, eu passei o resto da aula xingando aquele cara. E quando todo mundo sentou, eu me posicionei atrás dele e dei um chutão nas costas do maldito. E eu acho que o professor viu, mas não fez nada. O carinha também não fez nada. Ele sabia que aquilo era a justiça caindo sobre ele.
E aí veio a peça, e eu esqueci algumas falas como sempre. Eu sempre esqueço tudo na última hora. Mas os pais que assistiram não se importaram. O ruim foi ter que apresentar pros coleguinhas. Porque eu estava de maquiagem, todo mundo ali tava, mas eu não me importo com todo mundo. Ainda bem que ninguém era obrigado a assistir e não tinha quase nenhum conhecido.
Tempos melancólicos esses.
Daí os meus amigos começaram a me encher dizendo que eu tinha que sair do teatro, e eu saí. Abandonei o segundo ano de teatro pela metade. Isso que eu tinha conseguido o papel principal de novo, e abandonei na metade. Ahaha! Coitado do professor.
E pensar que eu poderia estar rico e famoso agora, pegando as menininhas.
Pensando bem, assim está muito bom.

sábado, abril 25, 2009

Queimando a TV

Me lembrei desse incrível acontecimento que ocorreu há muito tempo atrás.
Estava eu, com meus dourados 3 anos de idade, observando a construção da rua pela janela como eu sempre fazia, quando de repente o operador do trator, deu uma ré violenta e bateu no poste que dava energia à minha casa.
Quase que imediatamente, a televisão da sala apagou. E não queria mais ligar.
Minha mãe chegou da cozinha e confusa, perguntou se eu tinha feito alguma coisa.
Daí eu contei que o cara do trator tinha batido no poste e ela foi perguntar pros caras se eles tinham feito alguma coisa. Recebendo uma resposta negativa, rapidamente, ela foi chamar o meu pai, que foi falar com o mestre da obra.
Com alguns minutos de conversa, o meu pai afirmou que havia testemunhas que podiam provar o ato dos operários. E aí ele apontou pra mim. E os caras olharam pra mim. E eu acenei pra eles e sorri. XD

No fim, eles admitiram que tinham batido sim, nos fios. E tiveram que pagar o conserto da TV.
E eu sou um herói. Era. Fui um vigilante. Agora, sou somente mais um no meio de pessoas comuns. É triste.

sexta-feira, abril 24, 2009

Layout Novaço!!




Sim, meus caros! Eu atualizo este Blog mudando seu layout. O antigo era tão anos 2000.
Pensem nas possibilidades que se abrem agora!!
Pensaram?
Se sim, me digam, pois eu não vejo nada.

segunda-feira, março 09, 2009

A casca de banana assassina

Bom... Faz tempo que eu queria narrar essa história por aqui... Mas acontece que ela é muito vaga na minha memória, e eu sempre deixava pra depois, de qualquer jeito, no fim eu nunca postei.

Essa história começa com a minha irmã e eu. Não tenho certeza do que era, mas acredito que nós está vamos assistindo TV. Por algum motivo, nós não deveríamos estar fazendo isso... e a minha mãe ficou muito braba e colocou os dois de castigo.
E eu não concordava com o motivo daquele castigo, então eu resolvi me vingar da maneira mais horrível que eu consegui imaginar na época.

Analisando o psicológico da minha mãe, e utilizando tudo o que eu havia aprendido durante anos de desenhos animados, tracei um plano para a minha vingança.

Minha mãe era, (e ainda é) uma pessoa que limpa muito a casa. Consequentemente (sem trema :/) havia muitos produtos de limpeza lá.

O que Vini fez?
Descascou uma casca de banana, jogou ela no chão em um canto escuro, onde era certa a passagem. Mas ele não estava confiante que daria certo. Então, pra garantir, ele pegou os produtos de limpeza e derramou tudo no chão, criando uma pasta viscosa. E claro que isso era uma clara tentativa de assassinato.

Minha mãe passou por lá minutos depois pisando em tudo e seguindo normalmente.

Aí eu perguntei:
"-Não notou nada estranho?"
E ela disse:
"-Não, por quê?"
"-Por causa da casca de banana e do produto de limpeza..."
"-Quê?"

Daí eu fiquei um tempão de castigo e eu aprendi que não dava pra confiar nos desenhos animados.
Malditos enganadores mentirosos.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Trabalho

"Trabalho, trabalho, trabalho, todo dia essa labuta..."

Bom meus queridos, no dia 01 de Outubro de 2008, Vini começou a trabalhar. E assim, ele se tornou um adulto responsável, que faz tudo de bom grado, ama os animais e é muito bem-humorado. Hehehe!!
Não. Nada disso.
Na verdade eu odeio o fato de ter que trabalhar. No começo, até tudo bem, eu ia pra aula e de tarde eu trabalhava. Por um tempo foi até divertido. Aí, umas semanas foram passando e o meu pai foi pedindo pra mim ficar cada vez mais depois da hora de ir embora. Isso sem falar, que o lugar onde eu trabalho é uma metalúrgica que quando não tem ninguém por lá, parece um cenário de filme de zumbis.
Agora, nesse exato momento, Vini se encontra de "férias". Isso porque eu não estou na aula, mas estou trabalhado. De manhã e de tarde. Me matem. Acabem com isso. Eu imploro.

Mas o fato é que no meu trabalho existem pessoas ilustres que valem ser comentadas aqui.
E que se dane se elas chegarem a ler isso um dia. Mesmo assim, eu prefiro não citar nomes, pra não me complicar depois. Lá vai:

-Meu mestre Jedi - É um cara estranho. Parece árabe ou coisa do tipo. Ele não deve ter visão periférica e só consegue me ver se eu ficar na frente dele. Talvez ele só esteja me ignorando. Ele é o cara que me ensinou a trabalhar.

-Cara foda - É um cara muito foda que sabe tudo. É só pedir alguma dúvida sobre o trabalho e ele te fala. Apesar de eu não ter pedido nenhuma até agora. Mas o que eu sei, é que quando o meu pai sai, ele fica no comando.

-Cara beiçudo - Ele tem um beiço enooorme! Hahahaha!! Certo... ele é quase um cara foda. Só que de vez enquando ele se confunde e fala alguma coisa errada. Diferente do Cara Foda, eu falo com ele de vez em quando, como por exemplo, se é pra eu fazer tal peça. Uau. Grande conversa.

-Cara Gordo - Que nem eu falei pra minha mãe, o Cara Gordo tem cara de manguaça. Não pode ser que ele não beba. Ele é um dos três caras jovens que vieram no Senai. E quando o meu pai sai ele fica conversando com o mestre-jedi em vez de trabalhar. Hehehe. Malandrinho!

-Cara estranho - Tem um cara muito estranho que fica do outro lado da firma. O lado claro, onde tudo é feliz. Ele também veio do Senai. Eu não falo com ele pois ele fica muito longe. De qualquer maneira, um dia ele pediu se era pra fazer uma coisa lá, e tudo que eu respondi foi: "eu sei lá".

-Cara careca - Ele é bem engraçado e fala que nem caipira. Eu não tenho certeza se ele me chamou de bicha um dia desses, mas eu acho que chamou. Pensando bem, eu interpretei como uma indireta. De qualquer maneira, eu acho ele bem legal. Ele trabalho na parte intermediária da firma, entre o bem e o mal. Por causa disso, eu vejo ele de vez enquando.

-Cara quieto - Ele deve falar com algumas pessoas por lá. Mas ele trabalha no lado claro também, então eu não sei. Ele deve ser até hoje, em mais de três meses de trabalho, o único com o qual eu não troquei nenhuma palavra. Ele me lembra o Ryan do The Office. Mas ele nunca vai ser chefe! NUNCA!

-Cara loiro - Com excessão do meu mestre Jedi, o cara loiro deve ser o único que eu falo constantemente. Ele trabalha do lado escuro também. E ele veio do Senai também. Que coisa. Assim como o Cara Gordo, ele fica conversando com o meu mestre Jedi, mas nem tanto. Por sinal, ele trabalhava na mesma máquina que eu. Ou seja, eu roubei o lugar dele. Creio que um dia ele tente me matar. Agora, ele foi mandado pra outros cantos escuros da firma. Mas ele sempre volta, e pergunta se eu preciso de ajuda. Tudo desculpa pra voltar à antiga função.

"E no que Vini trabalha?", você deve ter se perguntado. Se não se perguntou, acho melhor perguntar.
Eu opero uma máquina que faz peças pra máquinas que fazem peças de máquinas que fazem peças.
De máquinas.
Que fazem peças de máquinas.
Chega.
E essas peças, seriam cilindros, que eu transformo em retângulos e seus derivados. De metal. E estranhamente o trabalho dos outros, é transformar retângulos e seus derivados em cilindros. Hum... Sinto cheiro de sabotagem.

Ha é... antes que eu me esqueça, tem uma parte da firma, que parece um cenário de filme de aliens. É tudo enferrujado, e manchado... Creio que experiências com corpos eram feitas ali.
Pronto. Terminei. Viva o trabalho.