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terça-feira, janeiro 13, 2009

Trabalho

"Trabalho, trabalho, trabalho, todo dia essa labuta..."

Bom meus queridos, no dia 01 de Outubro de 2008, Vini começou a trabalhar. E assim, ele se tornou um adulto responsável, que faz tudo de bom grado, ama os animais e é muito bem-humorado. Hehehe!!
Não. Nada disso.
Na verdade eu odeio o fato de ter que trabalhar. No começo, até tudo bem, eu ia pra aula e de tarde eu trabalhava. Por um tempo foi até divertido. Aí, umas semanas foram passando e o meu pai foi pedindo pra mim ficar cada vez mais depois da hora de ir embora. Isso sem falar, que o lugar onde eu trabalho é uma metalúrgica que quando não tem ninguém por lá, parece um cenário de filme de zumbis.
Agora, nesse exato momento, Vini se encontra de "férias". Isso porque eu não estou na aula, mas estou trabalhado. De manhã e de tarde. Me matem. Acabem com isso. Eu imploro.

Mas o fato é que no meu trabalho existem pessoas ilustres que valem ser comentadas aqui.
E que se dane se elas chegarem a ler isso um dia. Mesmo assim, eu prefiro não citar nomes, pra não me complicar depois. Lá vai:

-Meu mestre Jedi - É um cara estranho. Parece árabe ou coisa do tipo. Ele não deve ter visão periférica e só consegue me ver se eu ficar na frente dele. Talvez ele só esteja me ignorando. Ele é o cara que me ensinou a trabalhar.

-Cara foda - É um cara muito foda que sabe tudo. É só pedir alguma dúvida sobre o trabalho e ele te fala. Apesar de eu não ter pedido nenhuma até agora. Mas o que eu sei, é que quando o meu pai sai, ele fica no comando.

-Cara beiçudo - Ele tem um beiço enooorme! Hahahaha!! Certo... ele é quase um cara foda. Só que de vez enquando ele se confunde e fala alguma coisa errada. Diferente do Cara Foda, eu falo com ele de vez em quando, como por exemplo, se é pra eu fazer tal peça. Uau. Grande conversa.

-Cara Gordo - Que nem eu falei pra minha mãe, o Cara Gordo tem cara de manguaça. Não pode ser que ele não beba. Ele é um dos três caras jovens que vieram no Senai. E quando o meu pai sai ele fica conversando com o mestre-jedi em vez de trabalhar. Hehehe. Malandrinho!

-Cara estranho - Tem um cara muito estranho que fica do outro lado da firma. O lado claro, onde tudo é feliz. Ele também veio do Senai. Eu não falo com ele pois ele fica muito longe. De qualquer maneira, um dia ele pediu se era pra fazer uma coisa lá, e tudo que eu respondi foi: "eu sei lá".

-Cara careca - Ele é bem engraçado e fala que nem caipira. Eu não tenho certeza se ele me chamou de bicha um dia desses, mas eu acho que chamou. Pensando bem, eu interpretei como uma indireta. De qualquer maneira, eu acho ele bem legal. Ele trabalho na parte intermediária da firma, entre o bem e o mal. Por causa disso, eu vejo ele de vez enquando.

-Cara quieto - Ele deve falar com algumas pessoas por lá. Mas ele trabalha no lado claro também, então eu não sei. Ele deve ser até hoje, em mais de três meses de trabalho, o único com o qual eu não troquei nenhuma palavra. Ele me lembra o Ryan do The Office. Mas ele nunca vai ser chefe! NUNCA!

-Cara loiro - Com excessão do meu mestre Jedi, o cara loiro deve ser o único que eu falo constantemente. Ele trabalha do lado escuro também. E ele veio do Senai também. Que coisa. Assim como o Cara Gordo, ele fica conversando com o meu mestre Jedi, mas nem tanto. Por sinal, ele trabalhava na mesma máquina que eu. Ou seja, eu roubei o lugar dele. Creio que um dia ele tente me matar. Agora, ele foi mandado pra outros cantos escuros da firma. Mas ele sempre volta, e pergunta se eu preciso de ajuda. Tudo desculpa pra voltar à antiga função.

"E no que Vini trabalha?", você deve ter se perguntado. Se não se perguntou, acho melhor perguntar.
Eu opero uma máquina que faz peças pra máquinas que fazem peças de máquinas que fazem peças.
De máquinas.
Que fazem peças de máquinas.
Chega.
E essas peças, seriam cilindros, que eu transformo em retângulos e seus derivados. De metal. E estranhamente o trabalho dos outros, é transformar retângulos e seus derivados em cilindros. Hum... Sinto cheiro de sabotagem.

Ha é... antes que eu me esqueça, tem uma parte da firma, que parece um cenário de filme de aliens. É tudo enferrujado, e manchado... Creio que experiências com corpos eram feitas ali.
Pronto. Terminei. Viva o trabalho.