Siga o Vini no Twitter

sexta-feira, outubro 29, 2010

Bônus Semanal 2.0

Aqui vai o bônus semanal! Um vídeo tosco, que eu provavelmente gravei durante a semana pra colocar aqui, ou não.

Tá, esses dois vídeos eu fiz quando eu tava indo no Domingo comer um xis, sem ninguém. Eu convidei um monte de gente e ninguém foi. Seus puta sacana. Tipo, não tinha ninguém lá dentro mesmo... só os garçons. Depois eu fui no parque. Eu fiquei bem triste. :)



quinta-feira, outubro 28, 2010

Trabalhar com o pai...

Eu sempre me senti muito culpado por ser sustentado pelo meu pai.

Por ser alimentado pela minha mãe. Por eles terem me criado e ficado comigo por todo esse tempo. Sentia assim, que eu devia algo a eles... Um favorzão, ou quem sabe, a minha dívida eterna para com eles. É... mais a segunda que qualquer outra. Já era esperado isso de mim, certo?

Eu sei que é exagero. Eu entendo que é estranho e imbecil, mas eu não tenho como evitar. Durante boa parte da minha vida, eles me diziam que eu tinha que respeitá-los, porque eles me criaram e pagaram a escola, e tudo mais. Eu me sentia horrível por não poder recompensá-los... Era como se eu tivesse 30 anos e fosse sustentado pelos pais... O problema é que eu só tinha 12.

:'(  :-)

E aquilo se estendeu por anos... Sempre sendo o preguiçoso... O que não estava ligando pra nada, pra vida, pros estudos... O que é engraçado, porque na vez que a minha mãe me levou numa psicóloga natural, a primeira coisa que ela fez, foi olhar os meus olhos. E dizer: "ah, eu posso ver que tu se importa com as coisas...". E a minha mãe disse pra ela: "Eu acho que tá errado, ein. Ele não se importa com nada..." E eu fiquei quieto sentado na cadeira, enquanto a mulher fingia interesse sobre aquilo que a minha mãe contava pra ela. E eu permaneci calado... O tempo todo. Ela me mandou beber mais água. Pra me animar. Vaca.

Quem acessa esse blog e lê suas postagens, sabe que eu super-valorizo as coisas. Esse próprio post é um exemplo disso.

E finalmente o meu pai me pediu pra ir trabalhar com ele... E ele disse que eu tinha o direito de escolher se eu queria ou não, mas que se eu quisesse, a minha vida ia ser bem mais fácil, e se não, eu ia ter que me virar pra pagar os meus cursos, porque ele não ia ficar me sustentando desse jeito. E eu escolhi não trabalhar, eu tinha receio do que os outros funcionários iam dizer de mim, por ser privilegiado, por estudar em escola particular, por ser um merda mimado. Eles iam me julgar? Me excluir? Eu achava que sim... Eu não queria isso pra mim. Era uma coisa ruim, a vida tinha mesmo que ser assim? Tá, parei.
E eu entrei em depressão profunda naquela época... Aí o meu pai começou a me levar no centro espírita, porque aquilo que eu tinha era obra de algum espírito ruim. O meu pai é engraçado. De um jeito não-legal. Nada legal.

E ele começou a passar um tempo comigo toda terça-feira de noite. Ir escutar um cara palestrar enquanto tocava a Moonlight Sonata, me fazia ficar muito triste mesmo. Eu sentia cada acorde daquela coisa me acertar em cheio... Era lindo. E horrível. Um tempo com o meu pai. Uma coisa que eu nunca tinha tido na minha vida. Era bom... Era... muito bom.

:"( " " " '

Ele usou esse artifício pra me convencer a trabalhar com ele. Do tipo, sacana. E eu fui... Eu aceitei. E comecei a trabalhar esquadrejando peças, na posição mais baixa do meu trabalho ali. E eu dei meu sangue naquilo...

Gotas de suor escorriam pelo meu rosto todos os dias... Por várias vezes, eu acreditei que eram gotas de sangue. Meu sangue. Sangue nobre sendo derramado por amor a algo que eu não podia compreender... Uma Guerra Santa contra mim próprio. Tá, parei.

Enfim, com todo esse esforço, eu evitei de ser taxado como mimadinho lá dentro, ou de ser excluído. Porém o fato de ir todos os dias pra garagem tirar o guarda-pó, faz com que eu me diferencie deles, o que causa incômodo. Acredito, que eles já tenham se acostumado à isso...

Eu não gosto de dizer que trabalho com o meu pai. Não é orgulho nenhum pra mim, ter uma vantagem sobre os outros. Na verdade, é uma vergonha... Por ter me recusado a lutar como todos os outros, eu mantenho esse fato no anonimato. Apesar, de ter orgulho daquilo que o meu pai construiu. Do pó, ao ouro. Digno.

Com o tempo eu adquiri responsabilidade, respeito, amizade lá dentro. Foi algo bom... Eu pretendo realmente assumir a empresa e fazê-la crescer como nunca antes... O que impedia o meu pai de fazer isso, era que ele só precisa do trabalho pra nos sustentar... Ele prefere deixar de ganhar muito dinheiro, pra ganhar o suficiente... Ele não quer crescer. Pra ele tá bom assim, os funcionários vêm e vão, mas ele continua lá... Mas pra mim não é assim. Eu tinha dois anos quando ele montou a empresa no porão. Eu andava por entre suas máquinas e convivi todos os dias úteis e alguns fins-de-semana da minha vida com o barulho da máquinas e seu corte de metal maligno. Eu vivi essa empresa e por mais que o Ricardo, o membro mais antigo, e meu amigo, esteja há 10 anos nela, eu estou há 16... O membro mais antigo de verdade.

Enfim, esse era pra ser o verdadeiro post sobre os dois anos de trabalho. Mas eu não pude pensar nele a tempo. Malz aí. Até a próxima.

domingo, outubro 24, 2010

Eu me odeio.

Eu me odeio. Cada vez mais. Cada dia mais.

Eu teimo em não mudar. Eu enxergo como agir, para que as coisas mudem, mas isso custa a minha personalidade. A personalidade que eu não quero mudar.

Então, ao mesmo tempo eu me amo. Único. Não existe ninguém igual.
Talvez por isso, ninguém possa caminhar ao meu lado...

Eu tinha um fake em 2006, no começo do Orkut. O nome dele era Ninguém Não-Tem. Curiosamente, era uma foto vazia na neve. Eu me sentia um ninguém naquela época... Não que eu me acredite importante agora, mas por incrível que pareça, aqueles tempos eram bem mais sofríveis que agora.

Eu sou, como já citado em alguma coisa que você já ouviu por aí, uma metamorfose ambulante. Eu mudo de opinião rápido, de humor rápido.

Voltando ao assunto do ódio. Eu me desprezo. Com todas as forças que eu tenho, mas ao mesmo tempo... É complicado... Às vezes eu me olho no espelho do banheiro e fico encarando os meus olhos... É a única pessoa que olha pra mim nos olhos. Que eu posso confiar, que nunca me abandonou, nem me traiu. E eu odeio essa pessoa, por vezes, eu sinto medo dela.

Dizem que os jovens de hoje em dia querem tudo na hora. Eles não querem esperar... Bom, quando você vê todo mundo ao seu redor com alguém ao lado, é meio difícil não querer também... E não conseguir é frustrante pra caramba. Mais que todas as frustrações que eu tive durante a infância. E não foram poucas.

Eu gosto de discordar das pessoas. Ser da turma do contra. Escolher a opção que ninguém mais escolheria... Tomar o meu próprio caminho sem olhar pra trás. E com isso, eu perdi aos poucos, todas as pessoas que gostavam de mim. Ninguém gosta de ser contrariado.

Todo o sofrimento causado durante todos esses anos vem única e exclusivamente de uma pessoa: Eu mesmo. E por isso eu me odeio. Metade de mim é boa... Metade de mim quer a minha própria cabeça. Metade é engraçada e feliz. A outra... bem, a outra não.

E eu vivo em um conflito interno, constante e infinito. Me lembro daquela história sobre os cães... O bom e o mal, e que ficaria vivo quem eu alimentasse. Hehehe, não tem nada lá sobre alimentar os dois cães e botar os dois pra brigar. Às vezes um ganha, às vezes o outro. O Vini perde. Sempre.

sábado, outubro 23, 2010

Tirando o motorista pra filho da puta

Hahaha! Eu ri com o título... Meu deus, como eu sou engraçado. Por que será? Por que será que eu tento fazer piada com tudo?? Eu seeeeiii. Vocês não sabem! Lelo lelo! O motivo é beeem tristeeeeeee!! Ah. :(

Tá... Contarei aqui a fantástica saga da maior estupidez que eu já fiz na minha vida.

Eram tempos catastróficos e patéticos aqueles em que eu vivia. Ainda era amigo do Alexandre... O que significava que eu era um idiota.

Não que eu não o seja agora, mas eu era mais.

Estávamos todos em uma viajem à Criúva... Uma das tantas que o colégio de playboyzinhos arrombados e patricinhas criadas a leite-com-pêra foi. Era um passeio normal, a nossa turma tava jogando futebol com as outras, e pra variar nós estávamos perdendo...

E o tempo foi passando, nós, os coitadões, almoçamos aqueles lanches improvisados feitos pelas mamães, enquanto alguns comiam deliciosas pizzas e churrasco. Vagabundos.
Depois do almoço, era hora de todos irem à cachoeira para exibir seus corpos exímios e fortes. Mas eu não fui... Por não ter corpo exímio e forte. Por ser da turma do contra... Até hoje inclusive.
Eu fiquei lá perto do campinho de futebol com o Matheus e com o Kelvin... Quando um deles, provavelmente o Kelvin, observou que os motoristas dos três ônibus que trouxeram todo mundo, estavam dormindo no bagageiro... E ele resolveu que ia lá olhar que incrível que era isso. Panacão.

Aí me veio à mente a coisa mais estúpida do mundo... Eu ia acordar eles, pra que pensassem que tinha sido o Kelvin, e aí ele ia se ferrar... Babaca.

Bom, eu não sabia o que dizer na hora, mas me veio à cabeça somente uma frase:
"-Motorista filho da puta!" – eu gritei.

E todos os motoristas se levantaram. E o Kelvin ficou parado no meio do caminho sem saber o que fazer, enquanto o Matheus e eu nos abaixamos numa pedra pra se esconder. Mas eles já tinham me visto...
Daí a gente saiu correndo. E foi pra trás da cabana que os professores tavam. Graaande ideia. O motorista foi direto reclamar com os professores... E eles sabiam que a gente tava ali atrás, então o irmão Hilário "que não era nada engraçado" disse:

-Sai daí de trás seu desgraçado!

E eu saí. E o motorista começou a me xingar um montão, dizendo que a gente era filhinho de papai e a mãe dele tinha morrido a anos atrás e que ela não era puta. Eu fiquei triste pra caramba.

E ele falou que ia avisar a professora disso. E o irmão Hilário também falou isso. Aí o motorista se virou e foi de volta em direção ao ônibus. E eu resolvi ir atrás dele.

Hehehe, eu pedi desculpas. Eu disse que não conhecia a mãe dele, e que eu sentia muito por aquilo. Que eu só queria pregar uma peça no meu "amigo". E parece que ele entendeu. E ficou tudo bem.

Mas por via das dúvidas, depois que todo mundo voltou da cachoeira, eu penteei o meu cabeço diferente pra não me reconhecerem. Hahahaha!! Mas não adiantava nada, tava igual... Só que não me encheram mais o saco aquele dia.

Até a gente voltar pro colégio no dia seguinte.
Foi quando, o Matheus, o Kelvin e eu, fomos chamados na coordenação pra conversar com a Ana Abel. Me parecia que o irmão Hilário tinha contado tudo pra ela... E ela queria saber o que tinha acontecido. E eu contei... E ela perguntou se era a gente que tinha mexido no Pessegueiro do lado do campinho. E a gente disse que não. E ficou tudo bem. :)
Eu me lembro e ter convencido o Matheus, na época, que ele que tinha dado a ideia de chamar o motorista daquilo. Mas não tinha... Ele acreditou, mas não era. Hahaha!

Mas sério, essa foi a coisa mais imbecil que eu já fiz. E eu me arrependo sim, de ter chamado o motora disso. Malz ae motora. o/
Bom e no fim das contas, não deu em nada. Escola do caralho que protege os alunos... Eu odiava aquela porraaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!! Mas era legal. Yeeeeeeeeey!

Flw.


sexta-feira, outubro 22, 2010

Bônus Semanal

Um singelo vídeo aos leitores do blog.

Curtam aí ok?

Tá, não precisa curtir se não tiver a fim.

quarta-feira, outubro 20, 2010

2 anos de trabalho

Essa muito provavelmente será uma postagem chata. Não por ter um assunto chato, muito pelo contrário, é um dos assuntos mais legais que eu posso tratar por aqui. Mas a questão é que nada está acontecendo ultimamente no trabalho.

Dia 1º de outubro eu completei 2 anos de trabalho naquilo que alguns chamam de "escravidão forçada e cruel". Eu chamo apenas de trabalho.

Enfim, desde a última postagem sobre o mesmo, algumas coisas aconteceram. Vamos à elas.

Como já postado aqui, o Sono, meu grande amigo e mestre Jedi, desistiu dessa vida de escravidão e foi trabalhar em outro lugar. Isso me deixou como primeiro e único torneiro da história atual da Mecafer. Ou seja... em outras palavras, fodido.

O Ricardo, o cara fodão que tá a mais tempo trabalhando aqui, virou meu amigo também. Ele é engraçado. E maluco. E legal. Tá... É divertido conversar com ele, por ele saber exatamente o que se passa dentro da empresa e ele saber que eu sou o filho do chefe que fica lá, tendo que trabalhar no fim de semana...

Falando nisso... eu nunca mais tive que trabalhar no fim de semana... E isso é bom.

Ultimamente eu tenho ensinado mais uma pessoa a mexer no torno. O nome dele é Guilherme e ele também é legal. O Maurício pediu demissão porque ele tava reclamando que não pagavam ele direito. O Maurício era o cara que eu ensinava antes. Que soprava o ar comprimido sujo no meu cabelo. Que apertava o botão de emergência da máquina quando eu tava usando... Que me tavaca papelzinho o tempo inteiro... Digamos que... Não sentiremos falta dele. :)

As coisas andam calmas no trabalho... Nada de emocionante. Fora alguns acidentes desastrosos... Mas isso sempre aconteceu. Não é um post muito bom. Eu só precisava escrever sobre ele... No dia 20. Porque eu tinha me esquecido. Tá. Até mais. Eu tenho ideias boas sobre posts novos... muito boas. Não que nem essa. Tá, tchau.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Noites de sono e crença

São claras como água as lembranças que eu tenho nas noites de minha infância.

Era um anoitecer muito traumático, em que sofria por ter medo das sombras e da escuridão.
Mas era um medo meio sobrenatural... Eu escutava coisas de noite e sentia que havia alguém dentro de casa que tiraria a minha vida enquanto eu dormisse. O meu maior medo de toda a infância. Ladrões.

Claro... Sempre que eu assistia algum filme de terror, tinha dificuldade em ir sozinho ao banheiro, ou ficar muito tempo no escuro... Essas coisas me perturbavam bastante também.

E então, no auge da loucura, eu tinha que fazer alguma coisa pra contornar a situação e conseguir dormir sossegado. Assim, eu criei formas de manter os maus espíritos longe de mim, fazendo tratos com os mesmos. Começou assim:

O número de minutos que eu ficar com os braços pra cima na cama, será igual ao tempo em que vocês me deixarão em paz. E foi assim por muito tempo, sempre esperando que eu pegasse no sono.
E evoluiu pra uma série de gestos que eu fazia antes de dormir, que garantiria que eu não fosse atacado. Eu proferia na minha mente as palavras "normal" - que se referia ao modo de jogo. "sem limite de tempo" - uma forma de fugir da primeira forma citada anteriormente. Aí vinha "um, dois, três" e eu estalava os polegares três vezes. Praticamente uma macumba.

Com o tempo, eu fui parando de fazer isso e cada vez mais desacreditando no efeito dessas coisas. Até um dia, em que eu poderia jurar ter visto uma menina de vestido branco de pé na frente da minha cama. E eu comecei a rezar de noite. "Em nome do pai, do filho, do espírito santo, amém. Obrigado pelo dia de hoje. Em nome do pai, do filho, do espírito santo, amém." E eu fingia que essa reza criava um escudo de força, que não permitia que nenhum mal ultrapassasse, e quem fosse encostá-lo, com seu espírito maligno, seria imediatamente pulverizado. Nessa época eu podia assistir filmes de terror sem problema. Porque eu sabia que com o meu escudo, eles não iam poder me atacar de noite.

Até eu começar a olhar as sombras no teto do meu quarto de noite. E ver que elas aumentavam e diminuiam de uma forma muito estranha. Eu não tinha medo nem nada... Era só estranho.

Eu parei de acreditar em Deus... Por motivos racionais que eu sei que a maioria aqui entenderia... E eu não acreditava mais em papai noel, nem em coelhinho da páscoa, então não fazia sentido aquela religião. Eu nunca fiz catequese... Nem gostava da igreja, então pra mim aquilo não fazia falta nenhuma. Eu sempre escutei músicas que pregavam o contrário do que a religião dizia, e eu sempre gostei mais dessas músicas... Então acreditar pra mim não fazia sentido, nem era interessante.

Só que é um fato, de que a solidão que me aperta nesses dias complicados, seria solucionada com algo superior, com o qual eu pudesse fingir que converso durante a noite. Mas uma vez não acreditando, você nunca mais vai. E só me resta vagar por aí, à procura de algumas almas... E daquele menino que tinha tanto medo das sombras, eu me tornei amante das mesmas. A escuridão me parece tão atraente... Come to the dark side...

Final imbecil. Imbecil.

sábado, outubro 09, 2010

Os Laços da Amizade

Recentemente eu me deliguei de algumas pessoas. Muitos diriam que eu não tenho nenhuma relação com essas, ou que as mesmas podem ser ditas como inimigas de minha pessoa.

Mas contradizendo o que se julgaria certo, eu, estranhamente as chamo de, amigas.

O motivo central do desligamento, começou durante o show do Tequila Baby, onde a querida namorada do meu amigão Pedro, nos chamou de crianças. O motivo? As milhões de bobagens que eu estava dizendo, por talvez estar nervoso, ou quem sabe, por ser um completo babaca.
De qualquer maneira, não é a primeira vez que me chamavam de infantil, retardado, molengão, idiota ou como foi nessa ocasião, criança. Porém, é de fato, a primeira ocasião em que eu fiquei chateado sobre isso.

Algum tempo se passou desde que o show aconteceu, mas aquilo relutou em sair da minha mente. Eu tentei procurar motivos para agir daquela forma, e concluí que os mesmos ocorriam quando eu estava em grupo. Quando eu estava com os meus amigos.

Não é novidade que eu sou o mais velho da cambada. O baixinho. Também não é novidade que às vezes, quem teve bom senso e educação, fui eu. Nem sempre, mas aconteceu.

Isso me leva a crer, que eu deveria ser o menos criança da turminha animada do barulho. Mas não é assim.

Enfim, há alguns dias eu resolvi me separar por uns tempos do grupo. Da cambada. Pra ver o que acontecia, se dava pra amadurecer um pouco, talvez. Só que existe um problema nessa equação. Eu não tenho outros amigos pra suprir a falta desses que eu deixei pra trás. Nenhum. Portanto esses são os únicos que eu tenho, e seria de fato, uma besteira monstruosa deixar algo tão especial escapar por entre os dedos.
Outro motivo, para a separação, era que eu era frequentemente caçoado por coisas que eu dizia. Por muitas vezes, coisas estúpidas e sem graça, por algumas, informações importantes sem caráter humorístico. E por não ter essa característica, eles julgavam como informação desnecessária. E isso acabava comigo.

Eu tive uma conversa com o Léo, recentemente e eu contei pra ele tudo isso. Que eu ia sair por uns tempos e que eu não sabia se ia voltar... E ele me mostrou que cada um de nós agia de forma diferente às situações e que eu não deveria levar à sério o que as pessoas falam pra mim. Isso nos levou a outro assuntos irrelevantes no momento, como o porque do Vini não pegar ninguém, mas como dito, é irrelevante. E o Léo é um cara legal.

Eu não devo abandonar os meus amigos. Eles são tudo o que eu tenho no momento. E eu não vou amadurecer ficando sozinho. Eu só vou ficar mais sozinho com isso. Se eu alguma vez ficar magoado com o que eles me chamam, ou quando me ridicularizam, eu devo me lembrar que a maioria só faz isso pra ser aceita no grupo. E que individualmente eles são boas pessoas que eu devo respeitar.

Aí eu me lembrei do Humberto e de quando ele simplesmente saiu, no final do ano. Ele deve ter passado exatamente por isso. A única diferença, é que ninguém foi conversar com ele, pra tentar ajudar e trazer ele de volta. Quer dizer, eu fui. Mas não deu certo, e agora eu não sei mais se há chance de um dia ele voltar a falar com o pessoal.

No mesmo show, em que eu fui chamado de criança, eu defini os meus amigos como "inimigos que se amam", pra namorada do Pedro, a Juliana. Mas eu estava enganado. Nós somos todos "amigos que se amam e que adoram tirar sarro um do outro". Perdão por esse erro.

A conclusão que eu tirei disso tudo foi que o grupo é imaturo, mas que as pessoas dele não são. E a amizade é uma coisa que você não pode simplesmente jogar pra cima e sair correndo. Às vezes ela pode não ser bonita, mas pelo menos ela está lá.

Dedico esse texto a todos os meus amigos. Nas horas boas e nas ruins. Pra sempre.

terça-feira, outubro 05, 2010

Companhia.

Eu às vezes me pego pensando no que aconteceria, se eu tivesse alguém comigo... sabe... É.

Tipo, a pessoa teria que gostar muito de mim mesmo, pra aguentar ficar perto. Eu acho. Eu não aguentaria... Porque eu acho que eu sou chato e tudo mais. As pessoas podem andar com alguém assim, mas não por muito tempo... Elas cansam. Elas partem pra outra. Foi o que todos fizeram.

E lá no fundo, de verdade, eu gosto de mim. Na maioria das vezes eu não posso admitir... Eu fui criado sem um "eu te amo legítimo". Como amar a si mesmo, quando ninguém mais o faz? A única pessoa que disse pra mim, que me amava, de verdade foi a minha vó. A Sheron também disse, mas não era de verdade.

E eu ignorei a minha vó por tanto tempo... E ela não esquece do meu aniversário nem nada. Talvez eu vá sentir falta dela, no fim das contas... Ela quase sempre foi uma pessoa legal. Eu não gostava dela quando eu era mais novo porque eu que não era legal.

E eu era um imbecil no fim das contas... Se ao menos... Eu pudesse voltar e fazer as coisas de forma certa, eu só enxergo isso hoje, infelizmente. Não há volta. Não há solução.

Eu devo continuar sendo um imbecil pelo jeito. Um imbecil que sabe disso.

Cah s2 Fih


Não se sabe quando eu publicarei esse post. Sabe-se, porém, que um dia ele deve ser publicado. Começo hoje a digitá-lo.

É engraçado como tudo acontece rápido na minha vida... Vem rápido, vai rápido e deixa cicatrizes que nunca desaparecerão. Essa história poderia ter sido evitada... Mas eu corri atrás daquilo que me fez entrar em mágoa profunda por muito tempo. Acredito que nos dias de hoje, tudo isso tenha tido um fim. Pelo menos eu espero.

Eu já contei essa história antes.
Mas não é muito justo, considerando que eu fiz um post inteiro sobre a Sheron, e com dificuldade, mas sempre sincero, eu digo que eu amei a personagem deste texto muito mais que qualquer outra.

E talvez por isso tenha doído tanto. Estar um dia em meus braços, e ao mesmo tempo aos braços de outro. Não... Ela nunca esteve em meus braços. Ela sempre foi do outro. Mas foi tão perto... Tão perto que eu podia sentir acontecer.

Eu ainda me lembro a primeira vez que a gente saiu. Era o dia de pegar o boletim... E eu tinha acordado 8 da manhã num dia que não tinha aula só pra vê-la. Depois de pegar minhas notas, nós fomos passear pelas ruas da cidade e passamos nas bancas de jornal em busca de algum mangá que ela tanto gostava. Descemos até o parque onde ela me pediu para ver meu celular. Eu mostrei as mensagens que eu recebia por engano e que sempre me faziam rir... Ela pegou o meu celular e saiu correndo. Eu fui atrás. Até chegarmos à grama macia e eu cair sobre ela. Eu a olhei, e ela a mim. Desviamos o olhar e eu peguei meu celular de volta. Sabia a partir daquele momento, que havia algo de diferente ali, mais do que só uma amizade. Nunca estive tão enganado em toda a minha vida.

Então ela saiu de férias e falava brevemente pela internet, que eu me comunico neste momento. Senti o meu coração apertar cada vez mais, até ela voltar. E aí eu saí de férias, e recebia mensagens dela dizendo que sentia a minha falta. Queria voltar e me declarar pra ela. Queria que ela gostasse de mim... Aquelas férias foram as mais difíceis da minha vida, longe daquela pessoa que eu tinha tanta estima.  E eu retornei.

Mas estava tudo tão estranho. Era como se nada tivesse acontecido.

Nós mantínhamos conversas pelo MSN, mas não tinham mais sentimento. Provavelmente por causa do namorado dela, que deve ter corrido atrás ao ver que estava perdendo sua querida...

Certo dia ela me convidou pra sair quando o namorado dela não estava na cidade. E o episódio do cachorro aconteceu. Ao me despedir dela, eu pedi desculpas e emprestei o Peanuts Completo Volume 2 pra ela. Por que eu queria ser legal, e gentil? Não. Porque eu queria vê-la de novo.  E um dia ela me devolveu. De forma fria, severa, se foi. Nunca mais nos falamos, com exceção da vez em que passou na frente da minha casa enquanto eu trabalhava. Sem trocar uma palavra, só com um aceno.
E parecia feliz. Com amor.

Certa vez ela me disse que a coisa que mais tinha medo no mundo inteiro, era a de ficar sozinha. Talvez por isso ela tenha me procurado, quando viu que o relacionamento dela ia mal. Talvez procure outros, quando isso voltar a acontecer. Mal sabia ela, que o maior medo dela, estava pra sempre estampado em mim. E pra sempre assim vai ser, por toda a eternidade até minhas cinzas fazerem parte desta terra.

Me pergunto o que aconteceria se qualquer uma delas, viesse pra mim e quisesse algo mais daquilo tudo que passou. Um lado de mim, me diz pra aceitar, pra abandonar a solidão e ser feliz. O outro lado, fala que eu nunca serei feliz perto destas pessoas, que elas uma vez me rejeitaram e que voltarão, com a mesma facilidade a fazê-lo.

A questão é que elas nunca vão voltar. Porque o culpado delas irem embora em primeiro lugar, fui eu e minha personalidade monótona. Aos que tomam caminhos diferentes dos meus, os meus cumprimentos e as minhas despedidas.

Ao resto... Continuemos por essa estrada tortuosa que chamamos de vida, cujo fim parece cada vez mais longínquo... Pelos deuses... Não tenho mais condições de caminhar.