Ontem o pessoal da faculdade estava saindo comigo para voltar para a sala e um deles começou a chamar o outro de 'boi'. Aí eu comentei que no meu trabalho existia um rapaz que chamava os outros de boi. E que quando ele não estava, todos chamavam ele disso. Ou seja: Ele era o que ele chamava.
E o pessoal riu, até um deles falar:
"-Viu só, eu disse que ele não era um psicopata."
E eu me senti mal. Porque mais uma vez eu não me encaixava. Mais uma vez eu era o esquisito do grupo, que todo mundo tem medo e todo mundo acha estranho demais. Eu me lembrei dos tempos antigos, onde era exatamente isso que acontecia aonde quer que eu fosse.
Sempre o exilado. Sozinho.
Sempre o esquisito. O diferente.
Muitas vezes eu procurei isso pra mim mesmo. Mas o que eu poderia fazer de diferente? Era o que eu estava acostumado, à solidão... Era o caminho confortável.
E quanto mais sozinho, mais assustador ficava. E o monstro foi querendo se destruir, porque ele não aguentava a si mesmo. Ele não aguenta mais.
Ele se trancou no castelo para a humanidade não presenciar a sua monstruosidade. E lá, ele pereceu.
4 comentários:
HAHAHAHAHAHAHA, malz, mas foi um comentário muito bom desse teu colega aí. Pena que ele estava errado... Fatalmente errado.
E eu acredito que isso seja tudo o que eu preciso. Mon amour.
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