Siga o Vini no Twitter

sábado, outubro 09, 2010

Os Laços da Amizade

Recentemente eu me deliguei de algumas pessoas. Muitos diriam que eu não tenho nenhuma relação com essas, ou que as mesmas podem ser ditas como inimigas de minha pessoa.

Mas contradizendo o que se julgaria certo, eu, estranhamente as chamo de, amigas.

O motivo central do desligamento, começou durante o show do Tequila Baby, onde a querida namorada do meu amigão Pedro, nos chamou de crianças. O motivo? As milhões de bobagens que eu estava dizendo, por talvez estar nervoso, ou quem sabe, por ser um completo babaca.
De qualquer maneira, não é a primeira vez que me chamavam de infantil, retardado, molengão, idiota ou como foi nessa ocasião, criança. Porém, é de fato, a primeira ocasião em que eu fiquei chateado sobre isso.

Algum tempo se passou desde que o show aconteceu, mas aquilo relutou em sair da minha mente. Eu tentei procurar motivos para agir daquela forma, e concluí que os mesmos ocorriam quando eu estava em grupo. Quando eu estava com os meus amigos.

Não é novidade que eu sou o mais velho da cambada. O baixinho. Também não é novidade que às vezes, quem teve bom senso e educação, fui eu. Nem sempre, mas aconteceu.

Isso me leva a crer, que eu deveria ser o menos criança da turminha animada do barulho. Mas não é assim.

Enfim, há alguns dias eu resolvi me separar por uns tempos do grupo. Da cambada. Pra ver o que acontecia, se dava pra amadurecer um pouco, talvez. Só que existe um problema nessa equação. Eu não tenho outros amigos pra suprir a falta desses que eu deixei pra trás. Nenhum. Portanto esses são os únicos que eu tenho, e seria de fato, uma besteira monstruosa deixar algo tão especial escapar por entre os dedos.
Outro motivo, para a separação, era que eu era frequentemente caçoado por coisas que eu dizia. Por muitas vezes, coisas estúpidas e sem graça, por algumas, informações importantes sem caráter humorístico. E por não ter essa característica, eles julgavam como informação desnecessária. E isso acabava comigo.

Eu tive uma conversa com o Léo, recentemente e eu contei pra ele tudo isso. Que eu ia sair por uns tempos e que eu não sabia se ia voltar... E ele me mostrou que cada um de nós agia de forma diferente às situações e que eu não deveria levar à sério o que as pessoas falam pra mim. Isso nos levou a outro assuntos irrelevantes no momento, como o porque do Vini não pegar ninguém, mas como dito, é irrelevante. E o Léo é um cara legal.

Eu não devo abandonar os meus amigos. Eles são tudo o que eu tenho no momento. E eu não vou amadurecer ficando sozinho. Eu só vou ficar mais sozinho com isso. Se eu alguma vez ficar magoado com o que eles me chamam, ou quando me ridicularizam, eu devo me lembrar que a maioria só faz isso pra ser aceita no grupo. E que individualmente eles são boas pessoas que eu devo respeitar.

Aí eu me lembrei do Humberto e de quando ele simplesmente saiu, no final do ano. Ele deve ter passado exatamente por isso. A única diferença, é que ninguém foi conversar com ele, pra tentar ajudar e trazer ele de volta. Quer dizer, eu fui. Mas não deu certo, e agora eu não sei mais se há chance de um dia ele voltar a falar com o pessoal.

No mesmo show, em que eu fui chamado de criança, eu defini os meus amigos como "inimigos que se amam", pra namorada do Pedro, a Juliana. Mas eu estava enganado. Nós somos todos "amigos que se amam e que adoram tirar sarro um do outro". Perdão por esse erro.

A conclusão que eu tirei disso tudo foi que o grupo é imaturo, mas que as pessoas dele não são. E a amizade é uma coisa que você não pode simplesmente jogar pra cima e sair correndo. Às vezes ela pode não ser bonita, mas pelo menos ela está lá.

Dedico esse texto a todos os meus amigos. Nas horas boas e nas ruins. Pra sempre.

4 comentários:

Lucas disse...

Puta que pariu Vini, PUTA QUE PARIU... É incrível como tu consegue transformar qualquer merdinha em um problema enorme... Porra...

Lucas disse...

Pow, meu comentário sumiu... (será?) Mas era mais ou menos assim:

Puta que pariu Vini, PUTA QUE PARIU... É incrivel como tu consegue transformar qualquer merdinha num problema enorme... Porra...

Vini disse...

Hahaha, é bem por aí.

Pffrech disse...

Ah Vini, não ouça o Lucas, ele não tem sensibilidade para entender essas coisas que nós gays pensamos.

Mas, eu gostei da postagem. É bom tê-lo de volta, camarada.