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domingo, outubro 24, 2010

Eu me odeio.

Eu me odeio. Cada vez mais. Cada dia mais.

Eu teimo em não mudar. Eu enxergo como agir, para que as coisas mudem, mas isso custa a minha personalidade. A personalidade que eu não quero mudar.

Então, ao mesmo tempo eu me amo. Único. Não existe ninguém igual.
Talvez por isso, ninguém possa caminhar ao meu lado...

Eu tinha um fake em 2006, no começo do Orkut. O nome dele era Ninguém Não-Tem. Curiosamente, era uma foto vazia na neve. Eu me sentia um ninguém naquela época... Não que eu me acredite importante agora, mas por incrível que pareça, aqueles tempos eram bem mais sofríveis que agora.

Eu sou, como já citado em alguma coisa que você já ouviu por aí, uma metamorfose ambulante. Eu mudo de opinião rápido, de humor rápido.

Voltando ao assunto do ódio. Eu me desprezo. Com todas as forças que eu tenho, mas ao mesmo tempo... É complicado... Às vezes eu me olho no espelho do banheiro e fico encarando os meus olhos... É a única pessoa que olha pra mim nos olhos. Que eu posso confiar, que nunca me abandonou, nem me traiu. E eu odeio essa pessoa, por vezes, eu sinto medo dela.

Dizem que os jovens de hoje em dia querem tudo na hora. Eles não querem esperar... Bom, quando você vê todo mundo ao seu redor com alguém ao lado, é meio difícil não querer também... E não conseguir é frustrante pra caramba. Mais que todas as frustrações que eu tive durante a infância. E não foram poucas.

Eu gosto de discordar das pessoas. Ser da turma do contra. Escolher a opção que ninguém mais escolheria... Tomar o meu próprio caminho sem olhar pra trás. E com isso, eu perdi aos poucos, todas as pessoas que gostavam de mim. Ninguém gosta de ser contrariado.

Todo o sofrimento causado durante todos esses anos vem única e exclusivamente de uma pessoa: Eu mesmo. E por isso eu me odeio. Metade de mim é boa... Metade de mim quer a minha própria cabeça. Metade é engraçada e feliz. A outra... bem, a outra não.

E eu vivo em um conflito interno, constante e infinito. Me lembro daquela história sobre os cães... O bom e o mal, e que ficaria vivo quem eu alimentasse. Hehehe, não tem nada lá sobre alimentar os dois cães e botar os dois pra brigar. Às vezes um ganha, às vezes o outro. O Vini perde. Sempre.

9 comentários:

Matheus disse...

Cara, com algumas adaptações nesse texto ele serviria quase perfeitamente pra descrever a minha luta contra a gordura. Os dois primeiros e os dois últimos parágrafos, por exemplo, eu não mudaria nada.

Matheus disse...

Aliás, quase metade desse blog serviria pra mim. Com tantos textos de sofrimento humano seria só mudar o tema da postagem.

Matheus disse...

Vini, somos iguais. Nós sofremos da mesma forma, só que por razões diferentes. Somos irmãos gêmeos!

Lucas disse...

Hahahahahaha, eu já ía te xingar um monte de novo, mas depois desses comentários do Matheus, não me resta nada a dizer...

Vini disse...

Hahahahahaha, eu já ia te mandar tomar no cu, mas depois desses comentários do Matheus, só me resta te mandar tomar no cu.

Lucas, vai tomar no teu cu.

Lucas disse...

Hahahahahaha, filho da puta.

Matheus disse...

Hahahahahaha, vocês não veem que esses risos estão nos destruindo!?

Vini disse...

Filho da puta é quem abandona os amigos por motivos imbecis.

Lucas disse...

Na verdade não é isso daí não... Mas conte-me mais...