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sábado, setembro 25, 2010

Festa Jovem

Para os desinformados que lêem o blog (duvido que isso exista, afinal trata-se de um blog sobre a vida alheia), eu havia sido convidado para assistir o show do Tequila Baby no vagão. É. De novo. Quem me convidou, foi surpreendentemente o jovem Pedro, renegado das festinhas e todas coisinhas assim... Fracasso ambulante. Mentira, o Pedro é um cara legal. Quando ele não está me xingando, nem me agredindo gratuitamente.

Mas não é só isso caro leitor interessado na vida alheia! O Pedro tem saído com uma garota (eu não sei o que escrever aqui, menina? mulher? jovem? universitária? ah, vai garota mesmo) chamada Juliana. Ela prefere ser chamada de Ju... caso alguém tenha que chamar ela. Certo.

O que ela tem haver com a festinha, afinal, Vini seu imbecil?

Calma cara... eu vo explicar. Calma aí. Tá, espera. Ok. Me lembrei.

Ela foi junto com o Pedro na festa. O plano era ela, o Pedro, eu e mais uma amiguinha irmos lá. E eu aceitei, porque parecia legal. O Pedro disse que ele poderia ter convidado o Lucas, "mas eu estava precisando mais". Voltaremos a este trecho em negrito mais tarde durante este texto.

Aí o Pedro me disse que ela era lésbica. A amiga. Que ia junto. Sabe... qualquer pessoa pode ver uma relação entre levar amigos pras festas e o porquê disso. Qualquer pessoa, menos o Pedro. Aí eu falei que não ia mais. Que eu não queria ficar lá feito tonto enquanto rolava toda a pegação e tudo mais. Afinal de contas eu sabia que isso ia acontecer e eu não sou otário... É, não sou né...
O Pedro, meio que em uma medida de desespero, "pra me ajudar", adicionou a Juliana na conversa no msn pra ela me convencer. E no fundo, eu queria ir, cara. Eu queria assistir o show do Tequila. Eu queria conhecer a menina que o Pedro estava tendo "relações amorosas"... Mas o preço a pagar por isso era meio alto.

Enfim, ela me convenceu. Eu fui. A gente comprou os ingressos. Esperamos na fila no frio. Eu fui grosso pra caramba, e tentei compensar por isso o resto da noite... Só que aí eu comecei a fazer um monte de piadinhas idiotas e aí os dois começaram a cansar de mim, afinal não era pra mim estar ali entre eles. E eu me afastei. Fiquei num cantinho enquanto os dois se pegavam, eu fiquei ouvindo a música só... Até acabar o show. E a gente ficar mais um tempo ali, daí não tinha mais música pra se distrair, não tinha mais nada. As pessoas começaram a ir embora e as que permaneceram, começaram a olhar pra mim, talvez esperando que eu fosse falar com alguma garota ali presente, talvez só pra eu ir embora. Mas eu fiquei ali...

Teve uma hora que sem querer a Juliana botou a perna dela em cima da minha coxa enquanto dava uns amassos com o Pedro. Só que eles estavam tão envolvidos com aquilo que nem perceberam... E eu tava achando aquilo estranho e não sabia o que fazer. O correto era tirar a perna dela com as mãos calmamente, mas isso não me veio à cabeça aquela hora. Eu só pensava em não tirar a minha perna rápido, pra ela não cair e bater no chão. E eu resolvi esperar ela perceber... Aquela hora eu era um item do local. A porra de um item de decoração. Um item triste.

Mas não era culpa da Juliana, nem culpa do Pedro. Eu gostei da Juliana, e eu sempre achei o Pedro um cara legal. A culpa era minha. Porque se eu não fosse do jeito que eu sou, eu poderia muito bem ir falar com alguém e ganhar uma companhia. Mas não dá cara. Eu realmente tenho medo das pessoas, eu tenho medo do contado físico. De tudo. Não... espera ai... O que eu quero dizer é, que se a pessoa que eu tenho muito afeto, chegar perto de mim, e tentar me lascar uma beijoca, eu não tenho problemas com isso. O problema é quando eu não conheço a pessoa, quando eu não confio nela. Só que isso nunca dá certo, porque aqueles que se aproximam de mim e ganham a minha confiança logo vão embora... É como viver pra sempre e ver as pessoas que você gosta irem, geração após geração. É como ser condenado a viver.

A gente saiu do Vagão e foi pro Mc Donald's onde as coisas pareciam melhores. E estavam, realmente. Lá, a gente encontrou o Mena, super ultra DJ, e a Roberta e as amiguinhas dela, lá do colégio. Depois de ser expulsos pelo Japa China que queria fechar pra limpar, a gente pegou um táxi e cada um foi pra sua casa. Eu deitei com as roupas que estava e acordei de manhã. Tinha dormido 4 horas. O mundo parecia violento e as pessoas nervosas umas com as outras. Eu sei disso, porque eu saí pra ver a minha bicicleta, que não vai a lugar nenhum por um tempo. Almocei e cheguei em casa. Me deitei na cama. Comecei a pensar nas pessoas que me amavam nesse mundo. Meus amigos? Não. Minha irmã, vó? Não... Meus pais? Eu hesitei. E nessa hesitação, eu comecei a chorar, não que nem das última vezes, mas bastante... Então quem poderia de fato me amar nesse mundo tão vil e cruel? A resposta não vinha e mais lágrimas caiam. E ainda estão caindo.

Se lembra do trecho em negrito lá em cima??

Bom... Obrigado pela ajuda Pedro. Eu realmente precisava me sentir exatamente assim. Como se já não estivesse ruim o bastante.

Eu me sinto sendo injusto agora... Tipo, eu não precisava ir, eu concordei em ir. Então não é meio que desgraçado, botar a culpa em alguém cujas intenções eram boas? Ah, eu acho que sim.
Desculpa aí cara. A culpa não é tua. A culpa é minha por ser assim.

É... são tempos difíceis para quase todos nós. Quisera um dia que isso tivesse um fim. Mas eu fui condenado a viver por toda a eternidade em sofrimento para com aqueles que eu gosto.

Se não dava pra ficar mais triste, o próximo texto tratará dos meus "relacionamentos". Eu vou fazer vocês sentirem a minha dor.

8 comentários:

Pffrech disse...

"Comecei a pensar nas pessoas que me amavam nesse mundo. Meus amigos? Não."

Porra cara... Eu realmente gosto de ti cara. Eu não entendo essa mania de dizer que os teus amigos não gostam de ti. Aquele papo de "inimigos" é engraçado e tal, mas não é necessariamente a realidade.

Bom, se isso te faz sentir melhor, a Juliana te achou muito legal. Mas, sinto muito, de qualquer forma.

E, ignorando completamente o que me diz respeito, eu acho que essas postagens dessa nova "fase" estão muito boas mesmo. Tipo... Eu consigo finalmente entender melhor o seu sofrimento humano. Apesar de ainda ser gay. Mas, meus parabéns.

Matheus disse...

Eu te amo Vini.

Vini disse...

O Vini precisa amar a si mesmo, Pedro.


E Matheus, também te amo cara. De uma forma hétero e muito bonita.

Lucas disse...

Porra, fiquei tristasso... Eu não vou aguentar o próximo post...

E Vini, eu sei que isso não ajuda muito, mas eu te considero pra caralho. De boa.

Guilherme BoaVista disse...

Po Vini..

Tu sabe que eu te considero melhor amigo. Eu levaria um tiro por ti, mermao.

É issae

Pffrech disse...

Ah, se achou aí mais amigo que os outros, hein.

Vini disse...

Sabe o que todos esses comentários me lembram??

Daquela vez que eu fiz um post bem no início do blog, dizendo que eu amava os meus amigos e que sem eles eu não seria nada no mundo.

Daí todo mundo começou a me xingar e me chamar de viado e eu apaguei o post e fiz um novo dizendo, "eu odeio os meus amigos. Todos."
Hahahahahaha!!!
Valeu aí todo mundo. Eu também gosto de vocês.

Pffrech disse...

Tá, seu babaca, não ia ter postagem hoje?