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segunda-feira, setembro 20, 2010

Corre a lágrima, morre o jovem.

Ontem, no domingo eu realmente me sentia mal. Pior do que os rotineiros domingos de sempre. Era diferente, uma sensação ruim mesmo.

Já era 1 da manhã quando eu resolvi desligar o meu computador. Eu estava anteriormente tentando editar os vídeos do Assassin's Creed II pra repostar no Youtube. Quando eu fui acabar o víde ficou com 8 GB e ferrou com tudo... Eu não consegui salvar e ainda apaguei aquela porcaria.

Eu estava muito tempo no computador. Sem saber o que fazer eu apertei o reset e mandei tudo à merda até o dia seguinte. Era uma frustração gigantesca que eu sentia aquela hora.

Me lembrei do que o Pedro tinha me dito no dia passado. Pra mim pensar naquilo que ele tinha dito. E eu me lembrei das aulas de dupla do colégio. E dos grupos da faculdade. E da vida inteira.
Sozinho.

E se eu estava sozinho até aquele momento, não ia ser em um futuro tão breve que isso ia deixar de acontecer. Sozinho estou e assim ficarei então. E eu resolvi sair dessa vida cibernética. E não faz muita diferença, porque as pessoas costumam não dar muita bola pra o que eu falo ou escrevo. Sempre foi assim.

Eu fui dormir. E o tempo foi passando e eu não conseguia pegar no sono. Já era 3:30 da manhã e nada. E eu me lembrei que o meu time tinha sido rebaixado. Que as pessoas não gostavam da minha presença, e que o futuro não era mais que uma estrada escura. E eu não tinha faróis pra me guiar... E era realmente muito escuro.

Aí mais uma vez, como tantas já foram, eu comecei a imaginar o velório do Vini. As pessoas recebendo a notícia da morte dele... Elas ligavam, pelo menos um pouquinho, mas já era tarde e ele se fora. E eu imaginei todos lá se lamentando em silêncio. Alguém falava algumas palavras de consolo sobre quem eu era e quem poderia ter sido. Lamentava algo que o garoto nunca foi. Tinha tanto potencial. Se ao menos...

E escorreram lágrimas sobre o travesseiro aquela noite. Várias. Quietas. Caiam naturalmente, como se presenciasse realmente o velório de alguém que tinha grande estima, mas que nunca demonstrara. Por medo. Por querer seguir o que os outros faziam, que era ignorar e achar que não valia a pena algumas palavras de incentivo.

Me lembro apenas de acordar pela manhã... Com dor nos olhos. Me levantei, as pessoas me olharam pela casa. Não havia o que fazer acordado aquela hora. Voltei a dormir.

O jovem morreu. Não havia o que fazer acordado aquela hora, nem em nenhuma hora.


Um comentário:

Pffrech disse...

"Me lembrei do que o Pedro tinha me dito no dia passado."

Ah mew, assim parece que eu fiz toda essa loucuragem acontecer... Mas, que papo é esse de "Que as pessoas não gostavam da minha presença"?! Tipo... Eu gosto da tua presença... Gostei ainda mais da tua presença naquele fim de semana lindo na Riviera, você pulando para debaixo de meus lençóis de seda egípcia em plena noite gelada...

Tipo, só porque todo mundo te matou no "Come, Mata ou Casa", não significa que nós não te amamos. Nós só te mataríamos se pudéssemos. É diferente.