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terça-feira, abril 12, 2011

Vergonhas

Eu sempre tive certas vergonhas na minha vida, umas comuns à população em geral, outras nem tanto.

Uma delas, foi sempre a vergonha de falar com meninas. Do tipo, de não conseguir olhar no rosto delas... Era uma coisa que me incomodava de verdade. Ultimamente eu não tenho tido muito isso. Acho que eu me acostumei, no final das contas.

Outra, muito comum, a de falar em público. Eu tremia, e suava. Nada legal. Fora o vermelhão que dava... Outra coisa que eu acabei perdendo, porque eu tenho que apresentar coisas o tempo todo lá na frente. Ainda dá o vermelhão, mas eu ignoro ele. Se eu souber o que eu estou falando, tudo dá certo. Se não... improviso! Nem sempre funciona.

Tenho vergonha de ficar pelado, vergonha de tirar a camisa por ter espinhas, vergonha de me verem enquanto eu me ajeito no espelho. Vergonha de ficar parado em público, de ser o centro de uma conversa com muitas pessoas, de alguém me ouvir cantar. De dançar, de cair no chão, de errar na frente de alguém legal (que na verdade é só mais um babaca).

Tenho vergonha de dizer pras pessoas, com quem, e com o que eu trabalho.
No caso, com o meu pai e numa metalúrgica, mas enfim. É óbvio que isso não combina nada comigo, e só o fato de ficar levemente sujo no fim do expediente já me deixa mal. Mas depois a gente toma banho e fica tudo certo... A gente se acostuma com essas coisas. Trabalhar com o pai, fica parecendo que você ganhou tudo pronto, e que não teve que se esforçar pra conseguir o que quer.

Se pelo menos todos soubessem a verdade... das coisas que eu tive que fazer pra conquistar um lugar lá dentro... Enfim, é uma vergonha que vem diminuindo. Mas existe. E que no fim, não tem nada demais.

E de todas essas vergonhas, tudo é transpassado por uma vermelhidão no meu rosto. Eu consigo esconder perfeitamente o nervosismo em qualquer situação, mas a vermelhidão não me deixa mentir... eu já não sei o que fazer sobre isso.

Tenho ficado vermelho por qualquer coisa ultimamente, se está um pouco quente, se está frio, se está normal... Eu não aguento mais.

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