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terça-feira, novembro 02, 2010

Alter ego

Segundo o Wikipedia,
Alter ego ou alterego (do latim alter = outro egus = eu) pode ser entendido literalmente como outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. O termo é comumente utilizado em análises literárias para indicar uma identidade secreta de algum personagem ou para identificar um personagem como sendo a expressão da personalidade do próprio autor de forma geralmente não declarada.
Para a psicologia, o alter ego é um outro eu inconsciente.
Num outro sentido, o alter ego de uma pessoa não é uma faceta escondida ou secreta da sua personalidade, mas sim alguém de muito íntimo, um amigo fiel e inseparável em que essa pessoa se revê e deposita absoluta confiança. O alter ego é, neste caso, um perfeito substituto em que a pessoa pode delegar a sua representação ou outra função importante, na certeza de que ele pensará e agirá como ela pensaria ou agiria, isto é, como se fosse ela própria. É frequente, na vida política, um dirigente ou governante ter um alter ego como colaborador destacado, alguém habilitado a assumir fielmente as suas funções.

Ou seja, o seu alter ego é a sua outra personalidade, o seu eu interior, não necessariamente o verdadeiro. Só um "outro você".
Onde eu quero chegar com tudo isso? Sim, me parece óbvio, mas eu tenho um alter ego.

Tudo começou quando eu tinha meus 4 anos de idade. A minha irmã tinha ganho um ursinho de pelúcia de aniversário, um cachorrinho de pelúcia, na verdade. Algum tempo depois, apelidado de "Fofinho".
Ele ficou por uns dois anos na prateleira dela, junto a outros bonecos. Até que um dia eu peguei ele de lá e comecei a fazê-lo falar. Com uma voz bem fina, eu simulava seus movimentos com as mãos, fazendo com que todos tivessem a sensação de que ele se mexesse. E foi, naquele brinquedo, que eu depositei os meus medos, o meu humor, a minha imaturidade. Foi com ele, que eu criei as mais diversas situações imagináveis, de cozinheiro à ladrão de bancos. Até hoje eu possuo registros em vídeo de algumas coisas que eu fiz com ele, porém o tempo foi passando e o Vini foi crescendo. Ele não queria mais brincar de ursinho, nem de fingir que vivia em um mundo onde esse tipo de coisa existisse. Já fazia um tempo em que eu guardava as minhas dores para mim mesmo, e não tinha interesse em compartilhá-las.

Mas a minha irmã não pensava assim. Ela queria que tudo aquilo continuasse, mesmo sem entender o que na verdade era o "Fofinho", sem nunca saber que ele na verdade, era eu.
E ela começou a fazer ele falar. Era como se uma parte de mim fosse constantemente imitada e tirado sarro dela. Eu realmente não gostava. A minha irmã não queria crescer, ou melhor, ela ainda não quer.

Tem 20 anos atualmente. Uma mulher, que se recusa a aceitar responsabilidades.

Eu poderia discorrer sobre o quanto isso me incomoda, ou sobre a personalidade do "Fofinho". Sobre um lado meu que poucos conhecem e provavelmente a maioria nunca irá conhecer. Mas ao invés disso, deixarei apenas um vídeo, filmado por debaixo do meu balcão, bem perto de onde escrevo este texto. Foi gravado, enquanto a minha irmã tentava brincar com o ursinho há alguns dias atrás... Tirem suas próprias conclusões.




Eu acho engraçado. De verdade mesmo. Eu rio quando eu ouço.
Por mais que eu não goste de fazer o bichinho falar... Às vezes, eu me pego fazendo. Dou o braço a torcer, quando eu estou de bom humor... A minha parte feliz se manifesta. O Fofinho conversa com as pessoas.

Tem vezes que eu acho que eu estou doente. Do tipo, mentalmente. Hehehehehe. Nem ri.

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